Dados divulgados nesta terça-feira, dia 1º, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que, em setembro, a produção industrial brasileira recuou 0,7% frente ao mês anterior, na série com ajuste sazonal. O resultado representa queda disseminada da produção, já que foi observado recuo em quase todos os 26 setores industriais analisados. Para a Firjan, o baixo desempenho da indústria nacional reflete as dificuldades de um cenário global adverso: sucessão de turbulências socioeconômicas e geopolíticas - desde o início da pandemia da Covid-19 até a guerra na Ucrânia - que vêm provocando desaceleração da economia mundial. Ademais, a alta taxa de juros já representa um freio à atividade econômica nacional. Com isso, a produção industrial está 2,4% abaixo do patamar pré-pandemia e 18,7% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.

A Firjan considera que, apesar dos dados negativos, a recuperação do mercado de trabalho formal e as políticas de redução de impostos e distribuição de renda têm representado importantes fatores de amortecimento para a produção da indústria nacional. A federação reforça que a continuidade dessas medidas depende de uma agenda bem definida de reformas estruturais e de um arcabouço fiscal responsável. E ressalta que, sem isso, fatalmente será retomado o cenário de alta inflação, taxa de juros elevada e baixo crescimento.