
Cris Alves, gerente geral de Desenvolvimento e Inovação Empresarial na Firjan, abre o Encontro Internacional da Indústria CriativaFoto: João Rothier
Nos dias 26 e 27/11, especialistas do Brasil e do mundo analisam como a identidade, o estilo de vida e a cultura do Rio de Janeiro podem fortalecer sua capacidade de inovar, gerar negócios e projetar sua imagem no mundo. O estado do Rio é um território vivo de inovação, diversidade e criatividade. Todo esse potencial ganha palco em um debate estratégico no Encontro Internacional da Indústria Criativa: Rio Soft Power, realizado pela Firjan SENAI SESI. “A Casa Firjan se consolida como espaço de referência para pensar o futuro do trabalho, da indústria e da economia criativa. Essa inciativa reforça nosso papel de articuladora entre empresas, talentos e ideias que movem o Rio”, destaca Cris Alves, gerente geral de Desenvolvimento e Inovação Empresarial da Firjan.
Influência como valor
A proposta é clara: transformar os ativos intangíveis do Rio em força competitiva. O conceito de Soft Power, criado por Joseph Nye, ganha aqui uma aplicação prática. A Firjan entende o termo como a capacidade de um território de inspirar e atrair por meio de seus valores, identidade e ideias, criando diferencial e valor para produtos e serviços. “Soft Power é sobre influência, reputação e valor simbólico, ativos que hoje são estratégicos para qualquer território ou negócio. O Rio tem todos os ingredientes para transformar seu modo de viver e criar em vantagem competitiva global”, afirma Julia Zardo, gerente de Ambientes de Inovação da Firjan e uma das responsáveis pelo Encontro.
Um dia inteiro de debates
As discussões foram abertas com uma manhã marcada por debates simultâneos que exploraram desde moda com identidade latino-americana até o uso de dados para impulsionar o cinema brasileiro. No Auditório Aquário, o painel de abertura foi seguido pela conversa “Latina demais para ser minimalista”, que reuniu Marina Roale, da Consumoteca, Yamê Reis, fundadora do Rio Ethical Fashion, e Júlia Vidal, estilista da Ewà Poranga. Na Sala de Cocriação, o foco esteve na inteligência analítica para blockbusters nacionais, com João Figueiredo, da ESPM Rio, e Joana Siqueira, da Firjan. Ainda na parte da manhã, o debate sobre design estratégico trouxe Almir Mirabeau, da ESDI/UERJ, e Cláudio Magalhães, da PUC-Rio, enquanto o painel sobre grandes eventos contou com Luis Justo, CEO do Rock in Rio, Rafael Lazarini, do Rio2C. Já perto do meio-dia, a programação mergulhou na cena cultural carioca com Rafa Bqueer, artista visual, Maria Luz Bridger, diretora da ArtRio, Eduardo Masini, da Galeria Athena, mediados por Ana Dias, enquanto outro painel tratou do Soft Power da beleza com Higo Lopes, da Granado, Bárbara Cavalcante, da Lola from Rio.
À tarde, a publicidade ganhou espaço com Glaucio Binder, da Binder Comunicação, Marcio Borges, da W/McCann, e Rodolfo Medina, da Artplan, sob mediação do publicitário Phillipe Blower, gerente geral de Comunicação e Reputação na Firjan. Em paralelo, discutiu-se o papel do Rio na inovação global com Tatiana Roque, da Secretaria Municipal de Ciência e Tecnologia, Maurício Guedes, da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, e Felipe Meier, empresário presidente do Conselho Empresarial de Competitividade da Firjan. Depois, Adriana Hack, da Casa Mundo Pesquisa, apresentou reflexões sobre tendências culturais no painel mediado por Leo Edde, presidente da RioFilme. Daniele Canedo, do Observatório da Economia Criativa/UFBA, discutiu o papel de dados e métricas nesse contexto. O dia terminou com debates sobre o impacto dos festivais de pequeno e médio porte, com Felipe Continentino, do Queremos!, Andrea Alves, do TOCA, Rita Fernandes, do Casa Bloco. Paralelamente foram debatidas iniciativas que buscam revitalizar o Centro do Rio, com Carina Quirino, do Reviver Centro, Leonardo José, do CIEDS, Pedro Oliveira, da Casa Savana,
Lições de fora
No segundo dia do Encontro a programação vai contar com nomes como David WJ Park, da Korea Creative Content Agency, mostram como a Coreia do Sul fez da cultura pop uma potência global. Milena Calvo Juarez, do Fab Lab Barcelona, abordará a inovação aberta como ferramenta de transformação urbana. Já Konrad Jagodzinski, da Brand Finance, explica como o Soft Power fortalece marcas e reputações nacionais. A programação vai além: inclui palestrantes da Italian Trade Agency e da World Conference on Creative Economy (WCCE), reforçando a visão de que a criatividade é uma vantagem competitiva em escala global. Mais do que um seminário, o Encontro Internacional da Indústria Criativa: Rio Soft Power é um chamado à ação. A Casa Firjan convida empreendedores, gestores públicos, criadores e investidores a repensarem o papel do Rio no cenário global não apenas como inspiração, mas como protagonista econômico e criativo do futuro.
Conheça aqui a programação completa do Encontro.