
Foto: Vinícius Magalhães | Firjan
Em sua 8ª edição, o Festival Futuros Possíveis começou nesta quinta, 23/10, apresentando o estudo de Macrotendências 2026-2027, desenvolvido pelo Lab de Tendências da Firjan IEL, e reunindo na Casa Firjan especialistas do Brasil e do mundo para refletir sobre como (re)encantar o futuro. Na abertura do evento, o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, ressaltou a importância do festival. “Na primeira edição, apresentamos a tendência da carne cultivada em laboratório; hoje é uma realidade com grandes investimentos. E em 2022, discutimos Inteligência Artificial Generativa poucos dias antes do lançamento do ChatGPT pela OpenAI”, observou. Caetano também destacou o lançamento do estudo de Macrotendências, que mapeia os principais sinais e transformações esperados para os próximos dois anos. “É importante para apoiar empresários e executivos da indústria na tomada de decisões em relação a desafios e oportunidades”, completou.
A programação deste ano foi organizada em três eixos temáticos — (re)encontrar sentidos, (re)humanizar relações e (re)configurar máquinas —, abordando temas que cruzam tecnologia, comportamento e negócios. Na apresentação das Macrotendências 2026–2027, Carol Fernandes e Isabela Petrosillo, coordenadora e pesquisadora do Lab de Tendências Firjan IEL, respectivamente, destacaram as principais forças de transformação que devem impactar a sociedade e os negócios nos próximos anos.
O relatório deste ano identifica três grandes macrotendências que devem orientar o debate sobre tecnologia, trabalho e comportamento: Tecnocracia, Boteia e Sensório. “Procuramos os sinais de futuro e buscamos entender como eles vão impactar o nosso trabalho, a nossa vida, a nossa sociedade e a forma como a gente vive, analisando e traduzindo essas possibilidades em um estudo”, explica Carol Fernandes. “O aumento da interação com a tecnologia aumenta riscos dessa interação também. A questão da governança tecnológica fica ainda mais crítica, demandando a atenção de países e empresas para discutir soluções de regulamentação”, pontuou Isabela Petrosillo.
Futurista e fundador do Teach the Future, o norte-americano Peter Bishop, referência mundial em foresight estratégico, fez a palestra “Conhecimento + Imaginação: como criar estratégias em tempos de incerteza”. “A estratégia é baseada em conhecimento, no que podemos saber a partir de pesquisas. Mas isso não é suficiente - porque não sabemos o suficiente. Quanto mais rápido nos desenvolvemos e evoluímos, mais incertezas não mapeadas aparecem”, disse.
O Festival Futuros Possíveis termina na sexta-feira, 24/10.