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Cultura / Educação

Arte Maker: mais de 100 alunos das 16 Escolas Firjan SESI participam de exposição no Rio de Janeiro

Alunas da Escola Firjan SESI Laranjeiras estarão entre expositores no Futuros Arte e Tecnologia

Alunas da Escola Firjan SESI Laranjeiras estarão entre expositores no Futuros Arte e TecnologiaFoto: Vinicius Magalhães / Firjan

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Publicado em 24/03/2025 10:00  -  Atualizado em  25/03/2025 13:50

Comportamento, tecnologia e sociedade estão no centro das discussões da exposição “Arte Maker – Sociedade e Cultura Digital”, que chega ao Futuros Arte e Tecnologia, localizado no Flamengo, no dia 26/3. A mostra reúne cerca de 60 trabalhos de mais 100 alunos e alunas das 16 Escolas Firjan SESI, localizadas em 11 municípios do estado do Rio de Janeiro. Videoartes, instalações, esculturas, pinturas e outras linguagens contemporâneas podem ser visitadas gratuitamente até o dia 22/6. 

Estudantes do Ensino Médio foram estimulados, ao longo do ano de 2024, a refletir sobre o impacto da cultura digital na sociedade contemporânea. Os jovens têm idade entre 14 e 18 anos e são da capital (dos bairros de Laranjeiras, Benfica, Maracanã, Tijuca e Jacarepaguá) e das cidades de Barra do Piraí, Barra Mansa, Duque de Caxias, Macaé, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Petrópolis, Resende, São Gonçalo, Três Rios e Volta Redonda. 

“No ano passado, trabalhamos com a temática ‘Tecnologias Ancestrais’, que abordou saberes tradicionais, identidade e representatividade. Agora, nossos estudantes refletem sobre a linguagem de memes, conexões em rede, erros e falhas no mundo virtual e as possibilidades do futuro”, explica Vinícius Cardoso, diretor de Educação e Cultura da Firjan SENAI SESI, relembrando a exposição de 2024 que estreou na Casa Firjan e, posteriormente, esteve em cartaz no próprio Futuros e, também, no SESI Lab - Espaço de Arte, Ciência e Tecnologia, localizado em Brasília. 

(...) nossos estudantes refletem sobre a linguagem de memes, conexões em rede, erros e falhas no mundo virtual e as possibilidades do futuro. Vinicius Cardoso, diretor de Educação e Cultura da Firjan SENAI SESI.

“O tema da exposição está muito alinhado à proposta do Musehum - Museu das Comunicações e Humanidades, na medida em que promove reflexão sobre a cultura digital. Nosso espaço conta com um acervo de mais 130 mil itens sobre a história das comunicações, explorando a relação entre passado e futuro e o contínuo impacto das novas tecnologias nas relações humanas. Acreditamos que os trabalhos dos alunos da Firjan SESI são fruto desta mesma reflexão sobre o assunto, sobre o que aprenderam e foram provocados a pensar”, comenta Victor D'Almeidagerente de cultura do Instituto Oi Futuro

O olhar da geração Z para a tecnologia

Professora da Escola Firjan SESI Maracanã, Gabriela Campos explica que a Arte Maker é uma disciplina optativa oferecida para alunos e alunas do Ensino Médio. Cerca de 200 estudantes participaram dos encontros realizados, em 2024, na escola localizada na zona norte da capital. Ao longo de um ano, eles foram provocados a investigar e criar em cima da temática Sociedade e Cultura Digital.

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"Diálogo das Eras" foi o desenho produzido pelo aluno Gabriel Rodrigues, da Escola Firjan SESI Maracanã. Foto: Divulgação/Firjan


“Foi muito curioso receber este tema para trabalhar com os estudantes. Em um primeiro momento, pensei ser algo muito abstrato. Pensava em como eles iriam transformar isso em arte. Mas as inspirações deles afloraram demais, muito por conta de sua familiaridade com a cultura digital. Eles cresceram em um ambiente cronicamente on-line e hiper conectado”, afirma a professora.

O tema da exposição está muito alinhado à proposta do Musehum - Museu das Comunicações e Humanidades, na medida em que promove reflexão sobre a cultura digital. (...) Acreditamos que os trabalhos dos alunos da Firjan SESI são fruto desta mesma reflexão sobre o assunto, sobre o que aprenderam e foram provocados a pensar. Victor D'Almeida, gerente de cultura do Instituto Oi Futuro.

Gabriel Rodrigues, de 16 anos, aluno do segundo ano do Ensino Médio e do curso técnico Jogos Digitais na Firjan SENAI Maracanã, ficou sabendo da disciplina Arte Maker logo em seus primeiros dias de aula. “Desde criança, já desenhava, pintava e gostava do universo das artes. Meus pais sempre me incentivaram também, comprando lápis de cor e aquarelas”, recorda. Em sua obra, “Diálogo das Eras”, ele trabalha justamente com desenho. “Minha obra representa um relógio fragmentado em partes que são os meios de comunicação que dialogam ao longo da História”, detalha.

Questões como privacidade, acesso à informação, liberdade e diversidade de expressão e saúde mental também estão no centro dos debates propostos. As alunas Maria Eduarda Genovese, Júlia Rosa, Júlia Fidelis e Ana Luiza Barros têm 17 anos, são do terceiro ano do Ensino Médio e do curso técnico de Audiovisual no Centro de Referência em Cinema e Audiovisual da Firjan SENAI SESI Laranjeiras. Elas compuseram conjuntamente a escultura “Utopia”, composta por uma cabeça atravessada por cacos de vidros, inscritos com palavras como “silêncio”, “escandalosa”, “vulgar”, “burra”, que revelam os ataques sofridos por mulheres nas redes sociais. Um ótimo exemplo para mostrar a perspectiva singular da geração Z sobre a cultura digital. 

Júlia Brivio, de 17 anos, aluna do terceiro ano do Ensino Médio e do curso técnico de Logística na Firjan SENAI SESI Jacarepaguá. Ela conta que se interessou pela disciplina de Arte Maker por conta dos desenhos que costumava fazer. A obra de Júlia e de sua turma se chama “Depramina Digital” e é composta por uma manequim e uma estrutura. “Criamos um neologismo com as palavras depressão e dopamina. Nas mídias sociais, a gente mostra o perfeito sem defeitos. É um espaço criado para comparação. Estamos passando tanto tempo no celular que deixamos de falar com nossas famílias, pegamos um livro e não conseguimos ler. Muitos colegas de classe relataram que, durante a prova do Enem, tiveram dificuldade na leitura. É uma realidade que está nos afetando”, comenta Júlia.

“Esse(a)s jovens são capazes de refletir não apenas sobre os desafios e impactos negativos da tecnologia, como ansiedade digital e superexposição, mas também sobre suas potencialidades, como a democratização da informação e as novas formas de expressão artística. Essa visão engajada é o grande diferencial desta exposição, que convida o público a pensar sobre o futuro da sociedade digital a partir do olhar de quem a vivencia plenamente”, finaliza Janine Magalhães, analista de Cultura da Firjan SESI e curadora da exposição.

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Júlia Brivio, aluna da Escola Firjan SESI Jacarepaguá, e sua obra.
Crédito: Vinicius Magalhães / Firjan.

 
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