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Acima: João Marcello Barreto (Petrobras), Karine Fragoso (Firjan SENAI), Henrique Baeta (MGás) e Alain Arcalji (Gás Verde)Foto: Vinicius Magalhães
O evento de lançamento do estudo Perspectivas do Gás no Rio 2024-2025 reuniu especialistas, empresários e representantes de órgãos públicos, que participaram de três painéis na Casa Firjan. No último deles, foram discutidas estratégias de fornecimento para o desenvolvimento do mercado, que pode alcançar novas demandas. Representantes da Petrobras, da MGás e da Gás Verde debateram suas ideias, sob a mediação de Karine Fragoso, gerente geral de Petróleo, Gás, Energias e Naval da Firjan SENAI SESI, em 30/1.
A visão da Petrobras, a maior investidora do mercado de gás no Brasil, é positiva. “O gás natural é um mercado que precisa de garantia de suprimento, o que vem sendo afetado principalmente com a Guerra Rússia x Ucrânia. Isso fez aumentar o preço em todo o mundo. A abertura de mercado a partir de 2022-23 trouxe uma geração de mão de obra que está se qualificando, vindo de outros segmentos para cá, para atuar na comercialização e outros setores. Em algum momento, haverá a dificuldade de mão de obra qualificada,” destacou João Marcello Barreto, gerente geral de Comercialização de Gás e Energia da Petrobras.
Karine Fragoso aproveitou para salientar que a missão da Firjan SENAI é apoiar as indústrias através de seu portfólio de cursos e serviços voltados para qualificação e aprimoramento dos trabalhadores para o mercado de óleo e gás e suas cadeias de fornecedores.
A Petrobras reforça que tem feito migração de clientes cativos para o mercado livre em vários estados e que o preço do gás já caiu cerca de 23% desde 2022. Para o ano de 2025, Barreto ressaltou a importância do leilão de reserva de capacidade, ressaltando que o gás facilita na inserção de fontes renovadas e aparece como elemento central da transição energética, com garantia de suprimento e segurança do sistema.
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Já para a MGás, o ano de 2024 foi considerado um sucesso. “A gente começou com um volume na casa de 30 mil metros cúbicos em base firme e encerrou o ano com mais de 100 mil. Diversificamos muito o nosso portfólio. Em 2023, tínhamos um grande cliente e a entrega do gás era feita com carreta. Agora já temos uma companhia de distribuição, a CDL. Temos gás importado, do Pré-Sal, e GNV importado também para atender 11 clientes”, descreveu Henrique Baeta, diretor de Operações da MGás.
Por outro lado, a Gás Verde vem fazendo um trabalho que ajuda a concretizar oportunidades para outros agentes. A empresa trabalha com biometano, inserido no contexto de alavancar a vocação no Brasil.
“Nosso produto não é concorrente do gás natural por questão de escala, mas um turbinador do gás. Fazemos o sequestro de um passivo ambiental num processo zero carbono. A compra do biogás é feita nos aterros sanitários, perto dos nossos clientes industriais. O preço hoje ainda é cerca de 30% acima do gás natural”, pontuou Alain Arcalji, diretor de Novos Projetos da Gás Verde. Os contratos são longos, de cinco a dez anos. A meta da empresa é que 10% da matriz energética de gás seja ocupada por biometano. O transporte é feito por carretas.
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