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Estado do Rio registra maior corrente de comércio desde 2004

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Publicado em 06/11/2019 10:40  -  Atualizado em  06/11/2019 12:22

O estado do Rio de Janeiro registrou, em 2018, a maior corrente de comércio desde 2004, totalizando US$ 54 bilhões. Com isso, a participação fluminense no saldo comercial do Brasil foi de 13%. O estado registrou ainda um superávit na balança comercial de US$ 6 bilhões. Os números são da quinta edição do Diagnóstico do Comércio Exterior do Estado do Rio de Janeiro, elaborado bienalmente pela Firjan.

O estudo traça o perfil das empresas fluminenses que atuam no mercado internacional, a partir de entrevistas e das bases de dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Na série história analisada, a participação do estado nas exportações brasileiras passou da quinta para a segunda posição, ficando atrás apenas de São Paulo.

De acordo com o documento, os principais bens exportados em 2018 foram provenientes da indústria de Petróleo e Gás Natural, com US$ 18 bilhões (63%), representando uma variação de 136% em relação a 2016. “Os números refletem o período de retomada da indústria de P&G, cujo crescimento foi notável”, analisa Flávia Alves, especialista em Comércio Exterior da Firjan.

“O diagnóstico é uma iniciativa importante para reconhecer a performance do estado, e funciona também como um incentivo com o que pode vir pela frente” - Luiz Césio Caetano, presidente do Sindicato da Indústria de Refinação e Moagem de Sal do Estado do RJ (Sindisal)

De acordo com a pesquisa, a percepção dos empresários fluminenses com relação aos entraves às exportações estava reduzindo, entretanto, esta última edição detectou aumento, atingindo 76%. Os entraves mais citados foram: Burocracia tributária, com 47%; e Custos tributários e dificuldade no ressarcimento de crédito, com 22%. Vale ressaltar que esses dois entraves vêm crescendo desde 2013. Além disso, o diagnóstico também aponta que a utilização obrigatória da Declaração Única de Exportação (DUE), no Portal Único de Comércio Exterior, tem sido bem-sucedida. Das empresas ouvidas, 82% afirmaram não terem encontrado dificuldades. “Isso mostra que o objetivo de facilitar o processo de exportação foi alcançado”, observa Flávia. 

Perfil das importadoras

Quando analisado o perfil das empresas importadoras, a pesquisa detectou que 48% compram produtos finais, 28% matérias-primas e 24% importam ambos. “O que pudemos identificar é que a grande maioria das empresas fluminenses importa tanto matéria-prima quanto produto final para vender predominantemente para o mercado interno”, explica.

Sobre as mudanças dos processos de Declaração de Importação (DI) e Licença para Importação (LI) para Declaração Única de Importação (DUIMP), 52% afirmaram ter conhecimento a respeito das alterações. Em relação às expectativas com essas mudanças, 33% das empresas esperam que o desembaraço da mercadoria seja mais rápido e 21% esperam diminuir a burocracia na importação. “Os anseios manifestados pelo empresariado reforçam a importância da implementação completa do portal único para melhoria do ambiente de negócios de comércio exterior”, destaca Flávia.

Negociações multilaterais

O diagnóstico também lançou questões acerca das negociações multilaterais em curso, buscando detalhar as vantagens e desvantagens apontadas. Sobre o Mercosul, 62% indicaram vantagens com o bloco, sobretudo em relação à isenção ou redução de tarifas. “Isso demonstra a importância do governo realizar a redução tarifária de forma transparente, com a participação dos setores produtivos”, frisa Giorgio Luigi Rossi, coordenador da Firjan Internacional. Por outro lado, o percentual de empresas que enfrentaram algum tipo de problema nos processos de exportação ou importação com países do Mercosul aumentou de 18% para 38%.

Outro ponto de destaque no diagnóstico é que 68% das empresas declararam ser favoráveis à abertura do mercado brasileiro e 52% estão interessadas nas negociações que o país vem participando com o Mercosul. Os negócios que aparecem como de maior interesse são com a China, União Europeia, Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) e EUA. “É interessante observar que a pesquisa foi feita antes da conclusão dos acordos Mercosul–União Europeia e Mercosul–EFTA, o que mostra que já existia uma expectativa positiva do empresariado”, argumenta Rossi.

Na opinião de Luiz Césio Caetano, presidente do Sindicato da Indústria de Refinação e Moagem de Sal do Estado do RJ (Sindisal), 2018 foi um ano em que o mercado fluminense demonstrou seu potencial de seguir avançando. “O diagnóstico é uma iniciativa importante para reconhecer a performance do estado, e funciona também como um incentivo com o que pode vir pela frente”, avalia.

Acesse a íntegra do Diagnóstico do Comércio Exterior do Estado do Rio de Janeiro.

Veja quais foram as empresas ganhadoras do Prêmio Rio Export 2019, da Firjan.

 
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