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Na Casa Firjan, especialistas e associados debatem barreiras e avanços da economia circular

Da esq. para dir.: Kalil Cury Filho (Fiesp), Priscila Rocha (Volkswagen Caminhões e Ônibus) e André Guardin (Gerdau)

Da esq. para dir.: Kalil Cury Filho (Fiesp), Priscila Rocha (Volkswagen Caminhões e Ônibus) e André Guardin (Gerdau)Foto: Marcelo Martins/Firjan

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Publicado em 24/10/2024 09:44  -  Atualizado em  24/10/2024 11:02

Para preparar a indústria quanto às recém-criadas e às futuras políticas públicas relacionadas à economia circular, o evento “Economia Circular: Indústria, Estratégia e Políticas” reuniu especialistas em 16/10, na Casa Firjan. Em dois painéis, foram tratados temas como governança, articulação interfederativa e regulação, bem como debatidos os cenários atuais de recuperação de valor dos produtos e resíduos nas indústrias automotiva, siderúrgica e do plástico. O debate foi organizado pela Firjan, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Ao destacar a importância do tema, que é estruturante para o país, Jorge Peron Mendes, gerente de Sustentabilidade da Firjan, exaltou o evento como um momento de compartilhamento de conhecimento e de informação, a fim de construir referências para a sociedade e para a indústria nacional.

Assista à integra do evento:

Kalil Cury Filho, diretor adjunto do Departamento de Desenvolvimento Sustentável da Fiesp, disse que, neste ano de 2024, a economia circular entrou forte na agenda, com avanços importantes na área regulatória. “Vai se consolidando um amálgama de esforços para avançar bastante”, enfatizou ele no painel “Barreiras para implementação da economia circular”.

Priscila Rocha, head de Sustentabilidade e ESG da Volkswagen Caminhões e Ônibus, defendeu políticas públicas que permitam o avanço da pauta do reaproveitamento de veículos em fim de vida. Entre as principais barreiras encontradas, ela destacou os custos iniciais de desenvolvimento de um produto, além de questões ligadas à logística reversa de caminhões com vida longa. Segundo ela, 30% dos caminhões têm mais de 20 anos de vida útil. “Como fomentar o uso desse aço por uma empresa que usa o produto?”, questionou. 

Por outro lado, André Guardin, gerente de Compras de Metálicos da Gerdau, informou que mais de 70% do aço produzido pela empresa é à base de sucata. “Se tivéssemos mais, a gente produziria mais, usando menos recurso natural e mais recurso reciclado”.

Tiago Amaral, assessor de Desenvolvimento Sustentável do senador Jaques Wagner (PT-BA), relator do Projeto de Lei nº 1.874/22, que institui a Política Nacional de Economia Circular (PNEC), contou que o texto passou por uma série de negociações. “O projeto, que foi trabalhado com muitas mãos desde 2021 e em sinergia muito clara entre Executivo e Legislativo junto com a indústria no processo, agora está numa fase final em que já possui a estratégia nacional colocada e já tem uma estrutura muito próxima de se tornar de fato lei”, ressaltou ele. Aprovado no Senado, o PL está na Câmara dos Deputados.

Lucas Ramalho, diretor de Novas Economias do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), pontuou que a Estratégia Nacional de Economia Circular (Enec) se articula com outras grandes iniciativas, como a ação de descarbonização da indústria e o programa de certificação ambiental. “É uma agenda do Estado, de largo prazo, que passa por diferentes mandatos. Estamos falando em mudar o sistema produtivo para outros padrões. E essas mudanças demandam tempo e investimento, tentativas e muita construção colaborativa”.

Um eixo muito importante dessa agenda, complementou, é a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Para se ter a circularidade, é fundamental avançar na coleta seletiva e na logística reversa, além de colocar fim na bitributação dos produtos reciclados.

Ramalho citou diversas ações do governo federal nessa direção. O programa Brasil mais Sustentável, por exemplo, vai mobilizar uma rede de consultores do SENAI e do Sebrae para fazer consultorias e planos de negócios de transição para uma economia mais circular. Já com a regulamentação da lei Rouanet de Reciclagem, haverá incentivos tributários para pessoas físicas e jurídicas investirem nesses projetos. Ao mesmo tempo, o secretário do MDIC ressaltou a importância de ter o setor privado caminhando junto com as associações representativas do setor, além das principais fintechs e das associações dos catadores.

Marina Esteves, subsecretária estadual de Indústria, Comércio e Serviços, apresentou o avanço do programa de impulsionamento da simbiose industrial nos distritos empresariais fluminenses, a partir do estudo que está sendo realizado em Santa Cruz. A iniciativa inclui a redução do descarte de resíduos industriais e maior colaboração entre as indústrias. “O que a gente está pensando é em estabelecer uma metodologia do estado do Rio de Janeiro para os distritos industriais, para modernização dos que já existem e para os novos – que o governo tem pensado em apoiar no ano que vem – já nascerem com essa ideia”.

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