Uma das maiores dificuldades das empresas frente à crise do novo coronavírus é manter o fluxo de caixa. Por isso, são essenciais a suspensão de tributos e a prorrogação dos prazos das apresentações de obrigações acessórias. Este e outros temas foram abordados na live que a Firjan promoveu, quarta-feira (01/04), sobre o panorama tributário atual e as condições de acesso ao crédito diante das medidas adotadas para conter os impactos da pandemia.
A transmissão online pelo YouTube teve a presença remota de Isaque Ouverney, gerente de Infraestrutura da Firjan, que fez a intermediação; Rodrigo Barreto, gerente Jurídico Tributário da federação; e Bruno Martins, coordenador do Núcleo de Acesso ao Crédito Firjan (NAC).
Barreto frisou que a federação está focada em melhorar as condições de negócio no estado e, para isso, tem pleiteado alternativas que permitam a retomada da atividade produtiva após a crise, seguindo o Programa Resiliência Produtiva Firjan.
“A maior dificuldade das empresas está em manter seu fluxo caixa. Daí a importância da suspensão dos tributos e da prorrogação dos prazos para apresentar as obrigações acessórias. Em nosso pleito, estão a suspensão não só dos tributos federais, como também estadual e municipal. Apesar de entendermos a dificuldade em que se encontra o estado fluminense devido ao processo de recuperação fiscal e da questão dos royalties, é preciso que os governos criem subsídios para manter a economia”, pontuou.
De acordo com Martins, duas medidas positivas do governo federal para melhorar o acesso ao crédito foram a redução da taxa de Selic, que passou de 4,25% para 3,75%, mesmo ainda sendo conservadora; e a autorização de repasse de recursos do BNDES por meio de fintechs (majoritariamente startups que trabalham para inovar e otimizar serviços do sistema financeiro), aumentando a capilaridade do banco. Este é um dos pleitos do Programa de Resiliência Produtiva Firjan atendido pelo governo.
“Antes de buscar apoio financeiro, é importante que o empresário saiba organizar as finanças, otimizar recursos operacionais, montar um plano de financiamento, com maior detalhamento possível, pesquisar o mercado e ficar atento a prazos e documentos necessários. Quanto mais preparado estiver, mais fácil de conseguir uma linha de crédito e com juros menores”, assinalou o coordenador do NAC.
O NAC atualizou em 30/03 o documento com as orientações para o acesso ao crédito.
Veja o vídeo para saber mais sobre os tributos que tiveram o pagamento postergado, o que ainda está em pleito e as melhores formas de crédito, como a destinada à folha de pagamento: