O impacto social dos dados foi tema da edição desta quarta-feira (13/11) da série Diálogos da Inovação, na Casa Firjan. Na ocasião, foi lançada a pesquisa inédita “Perfil de Inovação da Indústria Fluminense”, realizada pela federação, que mostrou que seis em cada dez indústrias fluminenses investiram em inovação nos últimos três anos. Também houve lançamento do movimento “Data for good”, por Ana Addobbati, diretora executiva da Social Good Brasil, organização precursora do incentivo ao uso de tecnologias para impacto.
A série de eventos mensais, realizada em parceria com a Faperj, discute as mais importantes temáticas no âmbito da inovação no Brasil e no mundo.
“Reconhecemos que a inovação é fator determinante para a competitividade das empresas e para a economia do estado. Ela é também insumo para o desenvolvimento de políticas públicas e estratégias privadas”, destacou Joana Siqueira, coordenadora de Pesquisas Institucionais da Firjan, responsável pelo Perfil de Inovação da Indústria Fluminense.
“O objetivo do movimento 'Data for Good' é inspirar, conectar e capacitar organizações de todos os setores para usar o poder de seus dados a fim de construir uma sociedade mais justa”, explicou Ana. Ela ressaltou como fundamental o estímulo ao que chamou de “filantropia de dados”, que propõe a disponibilização de informações em prol de causas sociais. “Mais do que usar dados, é preciso mudar uma cultura de ‘achismos’ para propor ações, por meio de investimentos com base em evidências, visando potencializar o impacto”.
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Ana Addobbati, diretora executiva da Social Good Brasil, lançou o movimento “Data for Good”. | Foto: Vinícius Magalhães
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Já Alexandre Cardeman, CEO do Centro de Operações do Rio (COR), destacou a relevância de transmitir informação à população. “Os dados não valem nada se não soubermos traduzi-los e comunicá-los às pessoas. Temos tentado usar diversas tecnologias para informar os cidadãos e promover a sua mobilização em situações de emergência. A solução para a cidade é a inovação”, afirmou.
Para Pedro Sarvat, coordenador de Monitoramento e Avaliação do Impulsiona Educação Esportiva, é preciso envolver a população na construção de soluções inovadoras para impacto social. “Empatia significa construir com e não apenas para alguém. Logo, devemos pensar soluções com impacto social, que mobilizem as pessoas no processo de construção”, finalizou.
Laura Moraes, cofundadora da startup de ciência de dados Twist, por sua vez, frisou que os dados não são isentos. “Principalmente quando trabalhamos com políticas públicas, temos que pensar de onde vêm os dados. Eles refletem a estrutura da sociedade; portanto, não são isentos. Nosso dever é ir atrás de justiça na intepretação desse material”.
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