O desenvolvimento da indústria e o crescimento econômico foram temas tratados nesta terça-feira, dia 12, na sede da Firjan. No encontro, com a participação de mais de 300 empresários, o presidente da federação, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, destacou a importância do debate. “O foco da nossa discussão hoje é o Brasil 2024. Pela manhã tivemos palestras de peso e a opinião de industriais de destaque sobre o cenário que nos espera no ano que vem. Preocupações foram externadas quanto aos focos de instabilidade internacional, incluindo questões da América Latina, e também foram citadas, no plano interno, as eleições municipais e as dificuldades no campo fiscal”, pontuou Gouvêa Vieira.

O presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, ao abordar as iniciativas da empresa e as expectativas também ressaltou que, apesar do otimismo, existem desafios que precisam ser superados. O 1º vice-presidente da federação, Luiz Césio Caetano, moderador do painel “Cenários de Referência para a Atuação Empresarial”, também falou sobre a importância da reflexão sobre o futuro considerando questões que terão grande impacto no Brasil e no mundo. “Neste momento, em que terminamos o ano, precisamos ter uma visão do que podemos esperar para 2024, quais são os cenários na vertente geopolítica internacional, na vertente política nacional e na vertente econômica”, ressaltou Caetano.  

O encontro na sede da Firjan reuniu centenas de empresários de várias regiões do estado do RJ

O embaixador Rubens Barbosa, que abordou questões relacionadas à geopolítica, chamou a atenção para a nova ordem econômica e internacional e destacou pontos que devem ser considerados e avaliados nas decisões futuras: tensão entre Estados Unidos e China; emergência da Ásia Oriental, com a China como novo eixo político e econômico do mundo; desenvolvimento sustentável; nova governança global; e inteligência artificial. Ele ressaltou que a inteligência artificial mudará a relação entre os países. “Esse é um fator muito importante, que vai ter influência em tudo o que as nações vão fazer”, disse Barbosa. O embaixador colocou que todos esses pontos afetam o comércio internacional e os investimentos, terão impacto nas relações de trabalho dentro dos países e vão acentuar o regionalismo.

O cenário político nacional foi destacado pelo cientista político Murillo Aragão, que enfatizou a necessidade de atenção para a inteligência artificial nas eleições brasileiras, a sucessão nas presidências da Câmara de Deputados e do Senado Federal, em 2025, e do Banco Central, em 2024.  Já o economista Fabio Giambiagi abordou, entre os diversos fatores relacionados à situação econômica brasileira, os desafios atrelados à taxa de juros, à inflação e ao cenário fiscal.

O evento também contou com o painel “Perspectivas para a Indústria Brasileira”, com moderação de Eduardo Eugenio Gouvêa Viera, e a participação dos empresários Rogério Zampronha (Prumo Logística/Porto do Açu), Sissi Freeman (Granado Phebo), Frederico Aguiar (Condor Tecnologias Não Letais), Luiz Césio Caetano (Sal Cisne), Fernando Pinheiro (Copapa), Mauro Alvim (Altec Industrial), Isadora Landau Remy (Werner Tecidos), Henrique Osório (Sacor Siderotecnica), Henrique Nora Jr. (Olaria Vargem Alegre), Eric Garcia Bilheri da Costa (Ferreira International). Confira as informações sobre o painel.