O presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, e o 1º vice-presidente, Luiz Césio Caetano, participaram nesta segunda-feira (16/10) da reunião do Conselho Estratégico da Casa Firjan, que teve como tema a segurança pública no Rio de Janeiro. A realização foi em conjunto com a Associação Comercial do Rio (ACRJ) e o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri). Estiveram presentes diversas autoridades, como o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e o secretário-executivo do Ministério da Justiça e chefe interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Cappelli, além de empresários e representantes da sociedade civil organizada.

Em pauta, melhorias para a segurança pública do Rio, para a qual o ministro Flávio Dino anunciou reforços operacionais e tecnológicos nas áreas de inteligência e policiamento ostensivo nos acessos ao estado, conforme constam na agenda Propostas Firjan para um Brasil 4.0, documento elaborado pela Firjan com participação dos empresários fluminenses, e entregue ao ministro pelo presidente da federação, em encontro em Brasília no dia 3 de outubro.

“O momento atual exige que olhemos com prioridade para a segurança pública do Rio de Janeiro, e por isso fizemos essa convocação. Precisamos mostrar força, e dizer para a sociedade do Rio que podemos vencer. Colocamos a Firjan à disposição do poder público para contribuir com as pesquisas necessárias para identificar, por exemplo, as tecnologias mais avançadas na fiscalização de portos e rodovias”, disse Eduardo Eugenio.

A reunião foi aberta pelo presidente do Conselho Estratégico da Casa Firjan, José Luiz Alquéres, que contextualizou a atual situação da segurança pública e as ações da federação para cooperar com as ações de inteligência junto ao Governo Federal. “Precisamos criar uma ponte entre a sociedade e o estado para mudar a atual situação”, disse Alquéres.

O presidente do Cebri e conselheiro da Casa Firjan, José Pio Borges, pediu uma política nacional para coordenar as políticas de segurança pública estadual. “É um tema nacional e até internacional, e nossa intenção é buscar exemplos de outros estados e países que sofrem com este mesmo problema”, disse.

O presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, Josier Vilar, pediu agilidade e ações emergenciais para dirimir a atual crise. “O Rio é um bom lugar para se viver, e lutarei sempre por isso. Mas temos uma questão emergencial, e precisamos de decisões de curto prazo, com investimentos em tecnologias e em inteligência”, sugeriu.

O ministro Flávio Dino anunciou duas ações do Governo Federal no estado do Rio, ambas já em execução: uma no setor de inteligência, investindo em novos equipamentos, tecnologias e analistas de inteligência; outra, no policiamento ostensivo, com um reforço total de 550 novos agentes da Força Nacional e da Polícia Rodoviária Federal para atuarem nas rodovias fluminenses.

“Vamos fortalecer a fiscalização em todos os acessos, nas rodovias e nos portos, atuando junto com a Marinha, e investir no setor de inteligência para identificar canais de lavagem de dinheiro. Além dessas ações, estamos rediscutindo o papel das Forças Armadas para reforçar a fiscalização na costa e nas fronteiras”, destacou o ministro, que pediu ainda o apoio da Firjan em projetos de segurança pública já enviados ao Congresso Nacional.

O encontro contou com a presença e participação de conselheiros, comandantes das diversas forças de segurança estadual e federal, e os jornalistas Mara Luquet, especializada em finanças e economia; Merval Pereira, presidente da Academia Brasileira de Letras; e do sociólogo José Claudio Souza Alves, autor do livro “Dos Barões ao Extermínio”, sobre o avanço das milícias no Rio, que fez uma exposição sobre sugestões de ações a longo, médio e curto prazos para combater a criminalidade no estado.

O Conselho Estratégico da Casa Firjan vem realizando diferentes iniciativas para apontar caminhos e alternativas para o desenvolvimento do Rio. A pauta da segurança foi evidenciada diante por impactar todos os esforços que têm sido feitos para o desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro.