O presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, entregou ao presidente da Enel Rio, Francesco Moliterni, as demandas do Norte e Noroeste Fluminense, em especial da Copapa (em Santo Antônio de Pádua) e do Porto do Açu (em São João da Barra), durante a primeira reunião do Conselho Empresarial de Energia Elétrica da Firjan em 2025.

Caetano ouviu o empresariado do Noroeste Fluminense nesta semana, em Itaperuna, e na Firjan Norte, em Campos. O documento entregue a Moliterni contém o que foi relatado nas duas ocasiões. No Conselho de Energia Elétrica, realizado nesta quinta-feira (20/3), na sede da entidade, Caetano falou sobre o tema:

“A tônica da reunião foi o suprimento de energia para a indústria do Norte e do Noroeste. A falta deste abastecimento regular e de qualidade freia o desenvolvimento do estado. As indústrias têm mercado e precisam expandir a produção, mas não conseguem. Faltam também políticas públicas para o setor", destacou o presidente.

Por outro lado, Moliterni informou que já está atuando para atender aos pleitos da indústria fluminense e que o objetivo é se aproximar, cada vez mais, do empresariado para acelerar a resolução das questões pendentes. “Para nós, é fundamental esse encontro porque a melhor forma de trabalhar é o diálogo com todos os atores envolvidos para resolver os problemas”, afirmou o presidente da Enel. Moliterni ainda colocou à disposição sua área técnica para entender e contribuir com soluções para as falhas de energia que afetam a qualidade da energia. 

No mesmo sentido, o presidente do Conselho, Antonio Carlos Vilela, sugeriu a criação de um grupo de trabalho para organizar as demandas da indústria. “A Firjan quer ser o amálgama desse processo junto ao distribuidor e ao consumidor”. Vilela também ressaltou que a instituição está aberta para parcerias através da Firjan SENAI SESI para formação de eletricistas para atuar nas empresas.

O representante do Sul do estado também abordou a qualidade da energia da concessionária. Gerente de Utilidades e Serviços Técnicos da Stellantis, em Porto Real, Arnaldo Del Bianco explicou que o polo automotivo está construindo um parque fotovoltaico, com o apoio da Enel. O membro do Conselho contou que, no ano passado, a produtividade foi afetada com 237 surtos elétricos de pouca duração. “Em cada um dos surtos, o restabelecimento da energia se dá entre 1h e 1h30. Nesse período, deixamos de fabricar 27 carros, o correspondente a 10% da produção”, comentou.