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Competitividade / Economia/ Infraestrutura

Combate ao déficit habitacional pode gerar 3,2 milhões postos de trabalho no país

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Publicado em 23/08/2022 13:20  -  Atualizado em  24/08/2022 12:06

A nota técnica “Déficit habitacional no Brasil - Impacto da cadeia produtiva da Construção Civil”, produzida pela Firjan estima que o combate ao déficit habitacional em todo o país pode gerar 3,2 milhões de postos de trabalho, diretos e indiretos. Além disso, o levantamento da federação prevê um incremento de R$ 46,4 bilhões por ano em toda a cadeia produtiva do setor.

Baixe aqui a Nota Técnica da Firjan “Déficit habitacional no Brasil - Impacto da cadeia produtiva da Construção Civil”

"O futuro do Brasil inexoravelmente está ligado ao avançado da indústria da construção", afirma o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, citando dados do ministério do Desenvolvimento Regional que aponta um déficit de 5,9 milhões de moradias e a necessidade de investimentos anuais de R$ 228,7 bilhões para a construção de 1,2 milhão de unidades por ano, até 2030.

A nota técnica “Déficit habitacional no Brasil - Impacto da cadeia produtiva da Construção Civil” integra o projeto “Rio Construção”, desenvolvido pela federação para fomentar toda a cadeia produtiva do setor. Os dados foram  apresentados, em 23/8, durante a abertura do 1º Encontro da Indústria da Construção do Rio de Janeiro, que reuniu cerca de 200 empresários da construção civil fluminense na sede da Firjan, no Centro do Rio.

Leia também: Firjan lança projeto Rio Construção de fomento ao setor

A redução do déficit habitacional no país traria consequências positivas tanto no âmbito social, com redução de desigualdades e aumento do bem-estar das populações mais vulneráveis, quanto no âmbito econômico, por meio do aquecimento da cadeia produtiva ligada à construção civil. Desta forma, com o investimento de R$ 228,7 bilhões/ano, a federação prevê a criação de 3.074.049 novos empregos diretamente na indústria de construção e 201.011 empregos indiretos nos demais setores de sua cadeia produtiva.

Além do grande potencial de geração de empregos, a indústria da construção demanda insumos e impulsiona diversos setores industriais e de prestação de serviços. A partir do uso da Matriz Insumo Produto (MIP), metodologia elaborada pela gerência de Estudos Econômicos da federação, a Firjan estima que o investimento anual produziria o impacto da expansão produtiva da construção civil na ordem de R$ 46,4 bilhões, respeitando as necessidades de cada região do país, além do próprio investimento inicial.

A nota técnica destaca ainda que o setor de Minerais não metálicos seria o principal segmento impactado pela expansão produtiva dos investimentos para combater o déficit habitacional no país, recebendo R$ 10 bilhões. Em seguida, o setor da Metalurgia, R$ 6,5 bi; o de Serviços, R$ 3,8 bi; Comércio, R$ 3,6 bi; e a própria Construção Civil, R$ 3,5 bi; entre outros.

O gerente de Estudos Econômicos da Firjan, Jonathas Goulart, ressalta que a construção civil sofreu forte impacto com a crise em 2015 e 2016. Após um boom no setor, com diversas obras e investimentos, em especial, devido à Copa do Mundo e às Olimpíadas que ocorreram no país, o setor nacional se viu em declínio nos anos seguintes.

“Quase 34 mil estabelecimentos foram fechados entre 2014 e 2020 e mais de 900 mil empregos formais perdidos no período. Porém, com a crise instaurada em toda a economia com a chegada da pandemia, a construção civil tem sido um dos principais motores para a recuperação econômica após flexibilização das medidas sanitárias”, afirma o economista.

Investimentos na economia do Rio

Já no estado do Rio de Janeiro há um déficit habitacional de 481 mil moradias. Assim, a Firjan estima serem necessárias 82 mil novas unidades/ano, entre 2021 e 2030. Logo, seriam investidos R$ 15,9 bilhões por ano para suprir o déficit existente no estado.

Assim, a expansão produtiva na construção civil fluminense, visando à redução do déficit habitacional do estado, resultaria em um investimento produtivo adicional de R$ 4,1 bilhões na economia nacional. Desse total, R$ 1,4 bilhões ficariam alocados no próprio estado do Rio.

Além disso, é possível estimar a criação 213 mil novas vagas de empregos diretos na construção civil e 14 mil postos de trabalho indiretos nos demais setores de sua cadeia produtiva fluminense. “O investimento na construção civil, visando à redução do déficit habitacional, se configura como um mecanismo valioso na promoção do desenvolvimento socioeconômico do país e no encadeamento produtivo em toda a economia nacional e fluminense”, finaliza Jonathas Goulart.

Baixe aqui a Nota Técnica da Firjan “Déficit habitacional no Brasil - Impacto da cadeia produtiva da Construção Civil”

Assista ao vídeo da campanha Indústria da Construção:

 

 
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