Fomentar a discussão sobre criação de ambientes onde as colaborações inusitadas sejam a mola motriz para o desenvolvimento de ideias e projetos que favoreçam o uso criativo de conhecimentos mais diversos. Esse foi o foco da 3ª Edição da série Diálogos da Inovação 2021, promovido pela Firjan, em parceria com a Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e com o Consulado da Holanda.
Com o tema Diálogos da Inovação − Colaborações inusitadas de fomento à inovação, o debate aconteceu a partir da afirmação de Nicholas Bloom, da Universidade de Stanford, de que o movimento global de home office, potencializado pela pandemia da Covid-19, pode gerar uma queda na produtividade mundial e ameaçar o crescimento econômico por vários anos, pois há uma correlação entre colaboração presencial e inovação.
A diretora do Centro de Estudos para Colaborações Inusitadas da Holanda (CUco), Corinne Lamain, falou da experiência com o trabalho entre as mais diferentes áreas do conhecimento em projetos inovadores no CUco, criado a partir de aliança entre quatro universidades holandesas.
“Precisamos pensar diferentes perspectivas e ideias, criando um valor adicional, de colaborações inusitadas para lidar com esses problemas complexos que as sociedades estão encarando agora”.
Um dos projetos financiados pela entidade, o Estruturas de Força (Structures of Strenght), junta pesquisadores das áreas de Biologia, Alimentos, Engenharia, Medicina, Arte e História.
Para a mediadora do encontro, Ruth Mello, assessora da Diretoria de Tecnologia da Faperj, a colaboração deve ser um aprendizado. “Nos inspira o aprendizado da própria Natureza. O meio ambiente nos ensina que diferentes biomas têm espécies que convivem de modo interdependente, de forma colaborativa, coexistindo ali”.
“As relações são fundamentais na inovação. É importante que isso esteja sendo estudado, a área das Ciências Sociais e Humanas entrando um pouco na área da inovação tecnológica”, afirmou José Alberto Aranha, membro do Conselho Estratégico da Casa Firjan e presidente do Conselho da Anprotec.
Segundo ele, as cidades e comunidades se tornaram centros de desenvolvimento e inovação. “As relações humanas vão ser cada vez mais não usuais, principalmente depois desta pandemia, onde o mundo vai ter que enfrentar soluções únicas; e não vamos conseguir resolver as coisas isoladamente”, afirma.
Assista à integra do Diálogos da Inovação aqui