A Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) anunciou, essa semana, que o Instituto SENAI de Tecnologia em Química e Meio Ambiente, da Firjan SENAI, será credenciado como laboratório parceiro para avaliar a qualidade do pó de café, que pode, no máximo, ter 1% de impurezas.   
  
Em 2024, a Firjan implantou um laboratório de análise de qualidade do café para que a ABIC, seus associados e outras empresas de café pudessem utilizar.   
  
“Após seis meses de avaliação, o laboratório desenvolvido foi aprovado em função dos resultados obtidos nos testes realizados pela ABIC. Durante esse período, a associação enviou mensalmente cerca de 15 a 20 amostras, e as avaliações realizadas pelo Instituto SENAI coincidiram com análises de outros laboratórios credenciados pela instituição”, explicou Gustavo Eric, coordenador do Instituto SENAI de Tecnologia em Química e Meio Ambiente.   
  
Em julho, os profissionais do laboratório, já capacitados por duas instituições, terão um treinamento mais detalhado, mais específico, de cerca de três dias, para começar, então, a analisar o produto. O trabalho começará após a assinatura do contrato entre as duas instituições, o que deve ocorrer até o próximo mês.   
  
A acreditação do Instituto SENAI é uma entrega da Firjan que atende a uma demanda do Sindicato da Indústria do Café do Estado do Rio de Janeiro (Sincafé) e da ABIC. 
  
“Essa acreditação é de extrema relevância porque nos habilita como laboratório de referência no país para fazer avaliação da qualidade do café e identificar possíveis fraudes”, esclarece Carla Giordano, gerente regional de Pesquisa e Serviços Tecnológicos da Firjan SENAI SESI.  
  
A implantação da unidade de análise de qualidade do café nos laboratórios da Firjan SENAI tem fundamental importância para as indústrias de torrefação. "Uma unidade no estado do Rio beneficiará a ABIC com suas análises de acompanhamento de qualidade para seus associados certificados no Selo de Qualidade ABIC”, contextualizou Fabrinni Monteiro dos Santos, especialista setorial em Alimentos e Bebidas e assessor técnico do Conselho de Agronegócios da Firjan. 
  
A unidade de análise, segundo Fabrinni, também beneficiará os torrefadores que podem enviar amostras e atuar nos seus programas internos de garantia da qualidade e cumprimento legal dos regulamentos de identidade e qualidade do Ministério da Agricultura e, por fim, o consumidor que tomará um café com garantia.