UX Writing: Como comunicar bem no digital e aumentar suas conversões foi o tema do Aquário Casa Firjan, que reuniu especialistas e público de forma híbrida, em 31/5. A escrita criativa, a automatização por chatbots e a possível ameaça aos profissionais devido à inteligência artificial (IA) foram algumas das questões debatidas na palestra.
Bruno Rodrigues, consultor e autor de "UX Writing: Princípios e Estratégias", explicou que esse campo da escrita digital lida com a objetividade da informação, envolvendo as pessoas através da razão. “É preciso usar palavras específicas e fortes, palavras-chave, dentro de um texto, com foco na experiência do usuário”. Rodrigues não acredita que a inteligência artificial vá ameaçar textos publicitários que exigem criatividade e muitos encadeamentos de raciocínios.
A cofundadora do Clube do UX Writing e analista sênior de UX Writer no Mercado Livre, Alê Periard, falou sobre a comunidade voltada para quem trabalha com conteúdo para interface, para chatbot. “Trabalhamos com conteúdo original e compartilhado, aulas, divulgação de vagas e eventos. Acredito que em um mundo cada vez mais focado em IA, o que nos faz humanos é nosso diferencial; o que nos torna cada vez mais únicos e valiosos é nossa empatia e criatividade. A raça humana não será extinta”, analisou Alê.
Já o redator de criação do Globoplay, Rhangel Carvalho, exibiu vídeos como a chamada da novela “Todas as Flores” para mostrar que a narrativa é tudo. “Tenho que entender a expectativa do público de acordo com os espaços onde a mídia é divulgada. As pessoas querem se emocionar com as histórias do streaming. É preciso achar as palavras certas”. Neste caso, a tag era: “sua nova novela em todos os sentidos”.
O Aquário Casa Firjan contou também com duas palestrantes do setor bancário. Lídia Simões, especialista em chatbot e canais alternativos do Banco do Brasil, apresentou cases de sucesso: “Em 2022, conseguimos fazer com que 60% dos clientes que nunca fizeram empréstimos através dos outros canais do BB aderissem à modalidade através do canal WhatsApp. Apesar da força da IA, acredito que ainda há muito o que fazer sem ela, como pesquisa de campo nas agências”.
Já no Banco Inter, a coordenadora de Soluções e Experiências, Isabelli Gonçalves, contou que foi criada a bot Babi, que representa 1.445 operadores. “O desafio é fazer as experiências de conversão quando não se tem o banco físico. A Babi faz em média 1,7 milhão de interações humanas por mês e já solucionou mais de 6 milhões de demandas. Estudos mostram que os profissionais precisam conhecer IA, mas que o lado humano continuará responsável pela parte criativa do trabalho”.
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