O blockchain, uma das principais tendências em tecnologia no universo empresarial, pode transformar toda a dinâmica dos negócios nos próximos anos? Partindo dessa indagação, o primeiro Aquário Casa Firjan de 2023 reuniu especialistas, em 7/3, para analisarem as possibilidades de disseminação do blockchain e seu impacto nos diversos setores da indústria e nas formas de negócio.
O Aquário “Blockchain nas empresas: Como a tokenização de ativos vai transformar todos os negócios” foi acompanhado por interessados no tema, que fizeram perguntas aos participantes do debate – Claudia Mancini, editora-chefe do site Blocknews (foto: em sentido horário, abaixo, à esquerda); Vítor Uchôa Nunes, CEO da Gavea Marketplace a primeira bolsa de commodities em blockchain do mundo (foto: abaixo, à direita); e Carlos Rischioto, líder de Arquitetura de Soluções & Blockchain SME da IBM América Latina (foto: acima, à direita). O encontro teve mediação de Iuri Campos, especialista de Conteúdo da Casa Firjan e líder do Aquário (foto: acima, à esquerda).
Se hoje o blockchain é largamente empregado para rastreamento e monitoramento, as possibilidades de uso futuro surgem rapidamente, como destacou Claudia, apontando o projeto-piloto do Banco Central de digitalização do real. “O projeto começa neste semestre e levará o Brasil a ser um dos primeiros países no mundo a estudar e testar uma moeda digital segura, com lastro e com valor. Essa confiança do mercado pode levar a negócios diversos pela tokenização, como o investimento em parte de um imóvel ou de um carro, por exemplo. Quem não tem meios de comprar um imóvel, pode adquirir parte dele e usufruir do aluguel daquele bem”, explicou Claudia.
Para Uchoa Nunes, um dos benefícios atuais do blockchain é permitir o rastreamento da origem do produto, atendendo às práticas de governança e responsabilidade ambiental. “A necessidade de conformidade ambiental está em todos os produtos que circulam na sociedade, o que incentiva a tokenização. Oportunidades ainda sequer imaginadas vão surgir e o blockchain vai se expandir, com aumento também de pessoal especializado nessa área que ainda tem muito a crescer e a criar”.
Rischioto, por sua vez, afirmou que o blockchain vai ocupar espaço no mercado de ativos físicos e créditos de carbono. “Passada a empolgação inicial, estamos entrando no nível de estabilização e crescimento das soluções em token. É provável que venham investimentos fracionados, entre eles o da compra de parte de um produto, mas também a redução de entraves burocráticos com registro de documentação em mecanismos digitais, o que reduz fraudes nos processos”, disse.
Confira a íntegra do Aquário na plataforma de conteúdo da Casa Firjan.