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Aquário Casa Firjan discute o uso do cânhamo industrial e da cannabis medicinal

Especialistas discutiram perspectivas do mercado de cannabis no Brasil, tanto na saúde, como em outras aplicações industriais

Especialistas discutiram perspectivas do mercado de cannabis no Brasil, tanto na saúde, como em outras aplicações industriaisFoto: Marcelo Martins

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Publicado em 09/10/2024 15:37  -  Atualizado em  09/10/2024 17:02

Buscar regulamentar o cultivo e produção do cânhamo para a indústria e da cannabis medicinal, além de oferecer segurança jurídica para as associações que produzem a planta para fins de saúde, foram pontos debatidos no Aquário Casa Firjan, realizado nessa terça-feira, 8/10. O evento – com o tema “Cannabis medicinal e o potencial do cânhamo nos mais variados setores da indústria” – foi uma correalização com a Equilibra Cannabis e The Green Hub.

A cannabis sativa, planta cultivada desde o ano 4000 a.C. para fins diversos, de acordo com estudos, atende hoje, no Brasil, 430 mil pessoas que utilizam o canabidiol (CBD) para tratar dor crônica e doenças como artrite, epilepsia, câncer, depressão, ansiedade, entre outras, de acordo com uma pesquisa publicada pela Kaya Mind, startup especializada no segmento, que estima ainda que mais de mil empresas atuem nesse setor no Brasil.

O cânhamo, que possui níveis de THC (tetra-hidrocanabinol), substância psicoativa, abaixo de 1%, é usado na construção civil e na fabricação de produtos têxteis, além de possuir uma semente que é uma excelente fonte de proteína, entre outras utilizações. Segundo Juliana Tranjan, pesquisadora da The Green Hub e Instituto Fícus, “é uma planta versátil e, por isso, uma fonte riquíssima para a indústria”.

O Aquário reuniu especialistas em dois painéis, um voltado para a Cannabis Medicinal e outro para Cannabis na Indústria. Joao Regis Carneiro, professor adjunto de Clínica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), fez um panorama da planta, desde aspectos históricos, passou pelas prescrições e mostrou casos de sucesso no tratamento para dor crônica, como artrose, doenças degenerativas e ansiedade, entre outras indicações.

O painel medicinal reuniu ainda Jacqueline Barbosa, diretora-médica da Herbarium; Joaquim Castro, CEO da Equilibra Cannabis; Juliana Komel, CEO da Alko do Brasil; e Marcos Langenbach, diretor da Associação de Apoio a Pacientes e Pesquisa de Cannabis Medicinal (Apepi), o primeiro a importar o CDB (ou canabidiol), para a filha que tem uma síndrome rara, com muitas convulsões.

Depois, Langenbach passou a utilizar a cannabis artesanal, que apresentou um efeito melhor do que o importado, começou a plantar e sofisticou a produção para ter um remédio analisado. Nesse processo, ele acabou criando a Apepi. Atualmente, tem uma fazenda no Rio de Janeiro e dez mil associados para os óleos, que são certificados pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e ajudam pessoas que sentem a necessidade da cannabis como uma ferramenta terapêutica fundamental

Langenbach acredita que falta uma discussão maior sobre a regulamentação de uma forma mais aberta. “É importante a gente falar sobre plantar aqui, até mesmo pela cadeia de empregos, de geração de renda. A Apepi, que tem quase 10 mil associados, possui 92 colaboradores”, acrescentou.

Jacqueline Barbosa destacou as três formas de acesso ao canabidiol: por meio de associações, que são de vários tamanhos, diferentes perfis e ensinam a cultivar; em farmácias, que produzem o óleo com registro sanitário e patente; e por meio da importação, com produtos das mais diferentes composições.

Joaquim Castro enfatizou que as três vias de acesso são complementares, jamais excludentes; enquanto a farmacêutica Juliana Komel chamou atenção para a responsabilidade de trazer a segurança mediante todo o rigor da indústria para fabricar os medicamentos dentro do padrão.

No painel Cannabis na Indústria, Luís Maurício, presidente da Associação Brasileira de Cannabis e Cânhamo Industrial (ABCCI) e baixista do Natiruts, disse que a planta multiuso, que ele associa também à sustentabilidade, com a regeneração do solo, precisa ser discutida de forma inteligente. O músico apresentou o seu baixo, instrumento construído sob encomenda com a fibra do cânhamo.

Guilherme Malafaia, pesquisador da Embrapa Gado de Corte, contou sobre o grupo de trabalho formado pela companhia, para construir um programa de pesquisa a respeito da cannabis e poder criar uma base sólida de conhecimento e tecnologia para, então, desenvolver essa cadeia produtiva no Brasil.

Bruno Pegoraro, presidente do Instituto Ficus, disse que também trabalha pela regulamentação da cannabis e do cânhamo no Brasil desde 2020. “Estamos buscando entendimento para avançar nessa pauta”.

Em breve, a íntegra desse Aquário será disponibilizada no portal de conteúdo da Casa Firjan.

 
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