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A força da música na economia é destaque no Pensa Rio

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Publicado em 29/10/2021 16:47  -  Atualizado em  29/10/2021 18:34

Responsável pela geração de inúmeros empregos diretos e indiretos dentro da indústria criativa, a música tem papel fundamental na retomada econômica do Rio de Janeiro. Em 27/10, a Casa Firjan promoveu mais uma rodada do Pensa Rio e colocou na partitura ideias relacionadas a essa linguagem artística. 

Com mediação de Julia Zardo, gerente de Ambientes de Inovação da Firjan, e curadoria de José Luiz Alquéres, presidente do Conselho Estratégico da Casa Firjan, o evento teve como convidados a cantora, compositora e bailarina Fernanda Abreu; Tuninho Galante, CEO da Cedro Rosa, Música, Conteúdos, Tecnologia e Negócios; e Leo Feijó, diretor da Escola Música & Negócios.

Em destaque, a música como formadora da identidade carioca. “A música representa uma cadeia de negócios muito importante, que dá empregos a milhares e milhares de pessoas o ano inteiro”, alerta Alquéres. 

Fernanda Abreu, artista entre as mais reconhecidas do cenário nacional, está completando 30 anos de bem-sucedida carreira solo, a partir de seu álbum “Sla Radical Dance Disco Club”, que ajudou a levar ao grande público a sonoridade funk e outros ritmos da música negra. “Sempre vi na cultura negra uma força impressionante. Tirando a Bossa Nova, todos os grandes ritmos musicais cariocas tem DNA negro, do povo das favelas e das periferias. O curioso é que foi preciso que se aprovasse uma lei estadual em 2009 para que os bailes deixassem de ser criminalizados”, comenta.

Fernanda apresentou as linhas gerais do projeto Estação do Funk, Soul e Hip Hop, espaço multidisciplinar para apresentar artistas, formar mão de obra técnica apta a trabalhar em várias frentes do segmento, da cenografia à iluminação, passando por produção fonográfica e audiovisual, através de cursos e oficinas.

O empreendedor Leo Feijó falou das transformações do mercado fonográfico e apresentou números sobre a audiência global nas plataformas digitais de música, na qual o Brasil ocupa a terceira posição mundial, atrás de Estados Unidos e China. E o cenário de pandemia não afetou essa escalada. “Só no primeiro semestre deste ano, o Ecad arrecadou quase R$ 472 milhões em direitos autorais. Mas o segredo não está só no palco. A sincronização de músicas com conteúdo audiovisual, com trilhas sonoras para novelas, filmes e games representa uma grande oportunidade. Hoje temos cerca de 80 seriados sendo produzidos no país por plataformas como a Netflix, Amazon, HBO+, Disney+ e Globoplay”, informa.

Atuando na área de edição musical e direitos autorais, Galante insiste na importância de os compositores registrarem suas obras. Embora a remuneração no streaming seja baixa, há movimentos globais como o Reset Streaming, liderado pelo ex-Beatle Paul McCartney, que sugerem uma revisão total no modelo de remuneração das execuções de música na esfera digital. “A exemplo do que ocorre lá fora, nossos artistas precisam se posicionar sobre o assunto, pressionar o Congresso e atuar como porta-vozes dessa mudança”, defende.

Acesse aqui a edição completa do Pensa Rio 

 
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