Celso Mattos, presidente Sindirepa e vice-presidente Firjan, durante abertura do 7º Seminário Nacional de GNV + BiometanoFoto: Bianca Mattos/Sindirepa
Levar uma proposta com alternativas ao governo estadual e municipal do Rio de Janeiro para revitalizar o mercado de Gás Natural Veicular (GNV) e de biometano foi a proposta lançada no “7º Seminário Nacional de GNV + Biometano”, realizado em 4/10, na Casa Firjan, com patrocínio da Firjan SENAI. Celso Mattos, presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado do Rio de Janeiro (Sindirepa), propôs a representantes da indústria, do governo, pesquisadores e profissionais da área somar esforços e formar um grupo de trabalho para criar um projeto com o objetivo de impulsionar uma transição energética eficiente e ambientalmente responsável.
Em uma mensagem enviada em vídeo para o evento, Luiz Césio Caetano, atual 1º vice-presidente e presidente eleito da Firjan, disse que não poderia ser mais acertada a decisão de adicionar o biometano ao nome do evento, mostrando que o projeto está em linha com os avanços do mercado de descarbonização. “O GNV já é um combustível automotor da transição energética, ao proporcionar redução das emissões quando substituímos o uso da gasolina e do diesel. E quando usamos o biometano, a redução das emissões é quase total, igualando ao fator ambiental do etanol”, pontuou.
Caetano destacou ainda que o GNV tem outro diferencial, por ser um energético mais competitivo diante dos demais combustíveis fósseis. “É um combustível para descarbonização com viés social”, complementou.
Abaixo, assista à integra do seminário:
Celso Mattos também ressaltou que o “gás natural e o veicular já desempenham um papel fundamental na redução das emissões e no fomento da economia, e o biometano surge como uma alternativa ainda mais produtiva, capaz de transformar resíduos em uma fonte de energia limpa e renovável”.
No evento, que buscou fortalecer a indústria automotiva e de reparação, o presidente do Sindirepa enfatizou que a expectativa é de levar, em novembro, aos governantes e políticos um documento mostrando a importância de transformar a frota de ônibus a diesel para ônibus a gás para ajudar o meio ambiente e a própria população, que vai ter uma tarifa mais barata, “porque esse é um combustível mais barato”.
Apesar de ser competitivo e ter uma representação em termos energéticos melhor do que outros combustíveis, o gás natural registra atualmente a menor demanda dos últimos 15 anos, ao desconsiderar o período da pandemia. Entre as sugestões para o setor voltar a crescer, está a inclusão do custo da instalação do kit GNV na conta de gás, contribuindo para o aumento do consumo de GNV no estado do Rio de Janeiro. Outra pauta em andamento é o uso de gás nos geradores de postos.
A comunicação assertiva do Litro de Gasolina Equivalente (LGE) é mais uma das opções em andamento para o mercado do Rio, que é o maior do país para o GNV, com 1,7 milhão de veículos convertidos, entre os 2,3 milhões do Brasil. No Rio de Janeiro, 25% da frota é movida a gás. A sugestão inclui colocar à vista, nos postos de abastecimento, todos os combustíveis na mesma unidade de medida, para que o consumidor consiga fazer uma comparação melhor.
O seminário do Sindirepa realizou dois painéis, um sobre "o papel do governo no fomento ao GNV e biometano para o futuro sustentável", com Clarissa Brandão (UFF), Marcos Cipriano (Agenersa), Adriano Nogueira (Sindestado-RJ), Carolina Oliveira (GovRJ/Seenemar) e Rafael Miranda (Naturgy); e outro que abordou "o futuro dos veículos a GNV e biometano: perspectivas e oportunidades", com Rafael Chede (Sindirepa), André Gomes (Sinergas), Daniel Laterza (Urca Energia), Marcelo Mendonça (ABEGÁS) e Celso Mattos (Sindirepa).