02. É motivo para preocupação ou medo sobre sua saúde?

Não é motivo de medo, mas sim de atenção com as formas ou medidas de prevenção. Há outros vírus, tão ou mais importantes, que estão no nosso meio e que temos que ter o cuidado da mesma forma. Como exemplo, o vírus do sarampo, da gripe e as várias formas clínicas de dengue que são tão ou mais grave que a COVID-19.

03. Quais as principais formas de transmissão?

De acordo com as evidências mais atuais, o SARS-CoV-2, da mesma forma que outros vírus respiratórios, é transmitido principalmente por três modos: contato, gotículas, ou por partículas ou aerossóis.

Transmissão por contato é aquela que ocorre através do contato direto com uma pessoa infectada (por exemplo, durante um aperto de mão , toque de objetos e superfícies contaminadas ( maçanetas, corrimãos, de uso comum).

Transmissão por gotículas ocorre através da exposição de gotículas respiratórias expelidas, contendo vírus, por uma pessoa infectada quando ela tosse ou espirra, ela se encontra a menos de 1 metro de distância da outra.

Transmissão por via aérea dá-se por através de partículas contendo vírus (aerossóis) suspensas no ar, por distâncias maiores que 1 metro e permanecem por períodos mais longos (geralmente horas).
 

04. Como devemos nos comportar diante dessa infecção?

A melhor maneira é a prevenção. Conforme já comentado, o coronavírus é transmitido por gotículas de saliva quando a pessoa tosse, conversa muito perto ou espirra, por exemplo.

Nos casos de espirros e tosse, o procedimento é cobrir a boca ou nariz com lenço de papel descartável e imediatamente jogá-lo fora. Quando não tivermos lenços descartáveis, devemos tossir ou espirrar na curva do antebraço, o que chama de etiqueta respiratória.

Lavar as mãos de forma correta e com certa frequência, com água corrente e sabão líquido ou detergente, para mantê-las sempre limpas é a melhor forma de prevenir-se da transmissão do vírus por contato indireto.

Caso não seja possível lavar as mãos, pode-se usar álcool em gel. Nestes tempos em que fazemos uso contínuo dos smartphones (celulares), devemos mantê-los sempre higienizados com produtos de limpeza recomendados pelo fabricante.

05. Como prevenir o contato com o coronavírus?

Higienizar as mãos e as superfícies mais tocadas, como móveis, maçanetas, corrimão, teclados, barra de suporte (apoio) nos meios de transporte público e celulares, e manter o ambiente ventilado quando possível são as principais formas de se prevenir contra o novo coronavírus.

Manter distância mínima de um metro e meio de outras pessoas, estejam elas com sinais de resfriado ou não e evitar aglomerações. Evitar tocar mucosas de olhos, do nariz e da boca com as mãos e evitar o compartilhamento de itens pessoais, como talheres, copos e toalhas de uso comum, especialmente de uso domiciliar.

O uso de máscaras é sempre recomendado independente de ter ou não sintomas da doença. Vale lembrar que as máscaras descartáveis, dependendo da eficiência de proteção oferecida pelo fabricante, da validade de uso e das formas de manuseio, devem ser trocadas a cada duas horas.

06. Por que lavar as mãos previne contra o coronavírus?

Para infectar uma pessoa, o vírus precisa sair de um doente e entrar no organismo de outra pessoa. Ao tossir, falar ou espirrar, por exemplo, o vírus se espalha por meio das gotículas de saliva ou secreção oral ou nasal. Não há indício de transmissão pelo ar sem a participação destas gotículas.

Estudos avaliados pela OMS apontam que o vírus pode persistir nas superfícies por algumas horas ou, até mesmo, vários dias. Isto pode variar e depende das condições do local, do clima e da umidade do ambiente.
Usando as gotículas como “transporte”, os vírus podem ficar em superfícies como maçanetas, apoios de transporte público, botões de elevadores, teclas de computador, celulares, entre outros.

Como o vírus apresenta uma camada de gordura em sua superfície, ao lavar as mãos com água e sabão ele é removido da superfície corporal e evita-se que ao se coçar, por exemplo, ele entre em mucosas como olhos, boca ou nariz, o que causaria a infecção.

A proximidade do doente com a pessoa saudável pode permitir que essa “viagem ou transporte” do vírus fique mais curta, segundo José Júnior F. de Barros, pesquisador em Saúde Pública do Laboratório de Virologia Molecular (LVM/IOC/Fiocruz/Ministério da Saúde.)

Por isso, é crítico rever alguns hábitos sociais, como cumprimentar pessoas com aperto de mão, abraço ou com beijo no rosto, principalmente aqueles que apresentam sintomas respiratórios.
 

07. Como lavar as mãos corretamente?

As mãos devem ser lavadas com água e sabão, de preferência líquido, ou higienizadas com álcool em gel ou álcool 70%. A recomendação é que a higiene seja completa, inclua a palma da mão, o dorso, a parte inferior da ponta das unhas, o polegar, e alcance também a região do pulso. A lavagem deve ter uma duração mínima de 30 a 40 segundos (o tempo de cantar mentalmente duas vezes “parabéns pra você”).

08. Quanto tempo o coronavírus permanece ativo nas diferentes superfícies?

O novo coronavírus pode permanecer no ar por cerca de 40 minutos a até 2 horas e meia. Nas superfícies, sua sobrevivência irá depender do tipo de material. Quando estamos doentes e falamos, tossimos ou espirramos, liberamos gotas muito pequenas de saliva ou de secreção do nariz cheias de vírus. Essas gotas ficam suspensas no ar por um tempo. Já quando uma superfície é contaminada, o vírus pode sobreviver por muito mais tempo do que no ar. O tempo de sobrevivência irá depender das características dessa superfície, podendo variar de algumas horas a alguns dias. 

Um estudo publicado no New England Journal of Medicine descobriu que o vírus pode sobreviver por até 72 horas em plásticos e aço inoxidável (inox), 24 horas em papelão e quatro horas em cobre. A quantidade de vírus existente nas superfícies vai diminuindo com o passar das horas, reduzindo o risco de contaminação. O mais importante é evitar tocar em superfícies com as quais muitas pessoas têm contato, o que inclui mesas, bancadas, maçanetas, interruptores de luz, telefones, teclados, torneiras etc. Para limpar as superfícies, use desinfetante ou água e sabão.
 
Fonte: Fiocruz.

09. Como é feito o diagnóstico?

Todos as pessoas que possuem sintomas respiratórios, e aquelas que estiveram em contato próximo com pessoas confirmadas para Covid-19 e  desenvolveram sintomas, deverão realizar o exame , através do teste de antígeno (ou teste rápido, detecta partículas virais) que possui sensibilidade de 70% ou RT-PCR (isolamento viral) , este último com sensibilidade de 99%.

10. O que são testes rápidos?

Os Testes Rápidos, também conhecidos como Teste de Antígeno (às vezes conhecidos como teste de diagnóstico rápido – RDT) detectam proteínas virais (conhecidas como antígenos).
As amostras são coletadas do nariz e / ou garganta com um Swab/cotonete. Costumam ser testes  mais baratos do que o RT-PCR, podem ser realizados em laboratórios, farmácias ou clínicas , os resultados são liberados em poucos minutos.

11. O que acontece com as pessoas que contraem COVID-19?

Entre aqueles que desenvolvem sintomas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a maioria (cerca de 80%) se recupera da doença sem precisar de tratamento hospitalar. Cerca de 15% ficam gravemente doentes e necessitam de oxigênio e 5% precisam de cuidados intensivos.
As complicações que levam à morte podem incluir insuficiência respiratória, síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), sepse e choque séptico, tromboembolismo e/ou falência de múltiplos órgãos, incluindo lesão do coração, fígado ou rins.
Em situações raras, as crianças podem desenvolver uma síndrome inflamatória grave algumas semanas após a infecção.

12. Quais os principais fatores de risco para agravamento dos casos?

Em 9 de novembro, a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério divulgou o Ofício 242/2022, no qual lista as comorbidades que aumentam a vulnerabilidade , quando DESCOMPENSADAS.

- Diabetes;

-Pneumopatias crônicas graves;

- Hipertensão arterial resistente;

- Hipertensão arterial estágio 3;

- Hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo;

- Imunocomprometidos;

- Doença renal crônica;

- Doenças neurológicas crônicas;

- Hemoglobinopatias graves;

- Obesidade mórbida;

- Síndrome de Down;

- Cirrose hepática; e

- Doenças cardiovasculares, como insuficiência cardíaca (IC) e cardiopatias congênitas.

13. Quais os principais sintomas da COVID-19?

- Febre
- Tosse seca
- Fadiga, perda de apetite
- Outros sintomas que são menos comuns e podem afetar alguns pacientes incluem:
- Perda de paladar ou olfato,
- Congestão nasal
- Conjuntivite (também conhecida como olhos vermelhos)
- Dor de garganta
- Dor de cabeça, distúrbios do sono
- Dores musculares ou articulares,
- Diferentes tipos de erupção cutânea,
- Náuseas ou vómitos,
- Diarreia, ansiedade, depressão
- Calafrios ou tonturas.

14. Quais as manifestações de agravamento do COVID-19?

- Dificuldade em respirar
- Confusão
- Dor persistente ou pressão no peito,
- Alta temperatura (acima de 38 °C), febre persistente,
- Consciência reduzida (às vezes associada a convulsões),
- Complicações neurológicas mais graves e raras, como derrames, inflamação cerebral, delírio e danos nos nervos.
- Pessoas de todas as idades que experimentam febre e / ou tosse associada a dificuldade em respirar ou falta de ar, dor ou pressão no peito, ou perda de fala ou movimento devem procurar atendimento médico imediatamente.

15. Tenho sintomas respiratórios como devo proceder?

Deverá realizar o teste de antígeno ou RT-PCR idealmente até o terceiro dia de aparecimento de sintomas. Deverá realizar isolamento domiciliar, por sete dias completos a contar do início dos sintomas, caso o teste seja positivo, e estará liberado do isolamento no sétimo dia, se estiver afebril e sem o uso de medicamento antitérmico nas últimas 72h.
Se os sintomas permanecerem, após o sétimo dia, a orientação é manter o isolamento até o 10º dia.
Durante o período de isolamento é importante realizar monitoramento da saturação através de oxímetro digital , atentando para saturação ideal > 95%, realizar atendimento médico se houver piora dos sintomas, febre persistente por mais de 03 dias ou dificuldade para respirar, sensação de desmaios.

16. Quais os cuidados para quem está com COVID-19?

Após a exposição a uma pessoa com COVID-19, proceda da seguinte forma:

Mantenha uma distância mínima de 1 metro de outras pessoas, mesmo dos seus familiares;
Use uma máscara cirúrgica ou N95, para proteger as outras pessoas;
Lave frequentemente as mãos;
Fique num cômodo separado de outros familiares e, se tal não for possível, use uma máscara cirúrgica ou N95;
Mantenha os ambientes bem arejados;
Observe o surgimento de possíveis sintomas durante 07 dias;
Contate imediatamente um médico, se apresentar algum destes sinais de alerta: dificuldade respiratória,  sensação de desmaio,  confusão mental ou dor no peito;
A limpeza das superfícies deverá ser realizada com água e sabão , nos banheiros utilizar água sanitária.
 

17. O que devo fazer se tiver sido exposto a alguém que tenha COVID-19?

Após a exposição com algum caso confirmado para  COVID-19, tome as seguintes providências:

Se permanecer ASSINTOMÁTICO, de acordo com as Notas Técnicas 14/2022 e 16/2022 do Ministério da Saúde, não é necessário afastamento;
Se desenvolver sintomas , mantenha-se afastado e faça seu teste de antígeno em um laboratório, farmácia ou isolamento viral (RT-PCR)  , este necessita de solicitação médica. Se o exame for positivo, será afastado por 07 dias.
Mantenha pelo menos 01 metro de distância de outras pessoas, mesmo de seus familiares.
Use uma máscara cirúrgica ou N95
Mantenha a higienização frequente das mãos

Tive contato com caso confirmado de Covid-19, estou assintomático, o que devo fazer?
Segundo as últimas Notas Técnicas do Ministério da Saúde, o isolamento só é recomendado para pessoas com sintomas respiratórios ou confirmadas para Covid 19.
A recomendação é que devem  permanecer com o uso de máscara do tipo cirúrgica ou NI95 até o décimo dia de sintomas, manter distanciamento social mínimo de 01m, caso apareçam sintomas respiratórios, realizar a testagem para Covid-19.

Estou com Covid-19, devo iniciar o uso de antibióticos?
O vírus que causa a COVID-19 está em uma família de vírus chamada Coronaviridae. Os antibióticos não funcionam contra vírus.
Algumas pessoas que adoecem com COVID-19 também podem desenvolver uma infecção bacteriana como complicação. Neste caso, após avaliação médica, será decidido se há necessidade de utilizar ou não um antibiótico.
Os pesquisadores estão realizando diversos estudos sobre medicação específica para Covid-19, no entanto, ainda não há medicação licenciada.

O rastreamento de contatos ainda funciona contra novas variantes do vírus COVID-19?
Sim, os princípios do rastreamento de contatos permanecem os mesmos para variantes recém-identificadas do vírus COVID-19.

A Prednisona é um tratamento para todos os pacientes com COVID-19?
Estudos realizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), concluíram que o uso de corticóides não proporcionou melhora para pacientes com sintomas leves. A Prednisona é um corticóide usado por seus efeitos anti-inflamatórios e imunossupressores.

Para alguns pacientes com COVID-19 em respiradores, a terapêutica pode ser útil e deve ser monitorada por médicos.

Água ou natação não transmitem o vírus COVID-19?
O vírus COVID-19 não transmite através da água durante a natação. No entanto, o vírus se espalha entre as pessoas quando alguém tem contato próximo com uma pessoa infectada.

O QUE VOCÊ PODE FAZER:

Evite multidões e mantenha pelo menos 1 metro de distância dos outros, mesmo quando estiver nadando ou em áreas de natação. Use uma máscara quando você não estiver na água, é importante frisar que caso esteja SINTOMÁTICO OU COM CONFIRMAÇÃO PARA Covid , não deverá praticar NENHUM esporte, manter-se em isolamento.

Higienize as mãos com frequência, cubra uma tosse ou espirro com um lenço de papel ou cotovelo dobrado, e fique em casa se tiver sintomas respiratórios.

18. Quem corre mais risco de ser infectado com o Novo Coronavírus, variante Ômicron?

Devido à alta transmissibilidade da nova variante Ômicron, todas as pessoas estão sujeitas a se infectar pela doença.
O que sabemos até o momento é que esta nova variante proporciona sintomas clínicos de vias aéreas superiores, tais como tosse, febre, dor de garganta, coriza e dor de cabeça. Também que possui alta transmissibilidade e baixa mortalidade.

19. Animais de estimação podem transmitir o novo coronavírus?

Segundo especialistas, não há provas ou evidências de que os pets possam transmitir o vírus. Os níveis de vírus detectados nos animais domésticos são baixos e não representam uma fonte de infecção. Ainda assim, não há confirmação de transmissão do vírus entre animais de estimação e humanos. A única suspeita é que a carne de animais infectados pode contaminar humanos. Não há, porém, informações sobre a forma como os bichos se contaminam com o vírus.

20. O isolamento é indicado para casos suspeitos e aqueles confirmados?

Os casos confirmados e/ou suspeitos com base em critérios clínicos ou por meio de testes laboratoriais e que apresentem sintomas brandos, deverão permanecer em isolamento domiciliar com monitoramento médico contínuo. E caso haja piora do quadro clínico, o enfermo deverá ser encaminhado ao serviço médico hospitalar.

Se tiver com Covid-19 devo ir para o trabalho ou sair de casa?
NÃO é recomendado trabalhar com sintomas respiratórios. A orientação do Ministério da Saúde é que os casos sintomáticos devem  permanecer em isolamento domiciliar até realizar a testagem e se positivar manter o isolamento mínimo por 07 dias .

É necessário realizar Lock-Down neste momento?
Para determinação sobre Lock-Down é realizado um monitoramento da  capacidade de resposta dos serviços de saúde ao atendimento de pacientes com covid19, especialmente aqueles demandantes de cuidados hospitalares.
A disponibilidade de leitos e equipamentos deverá ser considerada de forma dinâmica, contemplando a incorporação de estruturas para o enfrentamento da pandemia, em correspondência com as curvas epidemiológicas e estimativas acerca da utilização de serviços mais complexos.

21. Quais os cuidados em domicílio?

Casos suspeitos ou confirmados do novo coronavírus devem permanecer em cômodo (área, quarto) privativo, bem ventilado, mantendo distância dos demais familiares, além de evitar o compartilhamento de utensílios domésticos. Deve-se atentar para a importância da higienização contínua das mãos e de uma boa e leve alimentação, além de uma contínua hidratação.

22. Por quanto tempo uma pessoa fica isolada?

Segundo a resolução da SMS (Secretaria Municipal de Saúde) N° 5235 de 08 de janeiro de 2022, o tempo de afastamento mínimo deverá ser de 7 dias, podendo este prazo ser reduzido ou estendido a critério médico. Os casos de coronavirus suspeitos que foram descartados laboratorialmente e estejam assintomáticos podem retornar ao contato social com os devidos cuidados, evitando aglomeração e com uso de máscaras cobrindo o nariz e a boca.

23. É possível ser infectado mais de uma vez por coronavírus?

Sim. É possível que haja reinfecção, pois o virus é mutante e a imunidade gerada na primeira infeção, não é capaz de impedir a nova infecção ou reinfecção.

24. Devo utilizar vitaminas para me proteger?

Micronutrientes, como vitaminas D e C e zinco, são importantes para um bom funcionamento do sistema imunológico e desempenham um papel vital na promoção da saúde e do bem-estar nutricional.

Atualmente, não há orientação sobre o uso de suplementos de micronutrientes como tratamento da COVID-19.
 

25. O Coronavirus pode contaminar encomendas e embalagens?

Sim. É possível que as encomendas e embalagens sejam contaminadas com o coronavirus, variante Ômicron.
Por isso, é importante a higienização com álcool 70%.

26. Gravidas ainda são consideradas grupo vulnerável?

As gravidas já pertenceram a um grupo mais vulnerável antes do advento da vacina do novo coronavirus. Hoje o que sabemos é que as pessoas e gravidas vacinadas, estão menos suscetíveis a complicações da Covid-19.

27. Gestantes podem transmitir o coronavírus para o feto? E durante o parto?

Não há informações suficientes sobre a possibilidade desta transmissão até o momento, e nem de bebês recém-nascidos infectados no parto com o novo coronavírus. Em nenhuma das pesquisas em curso o vírus foi detectado em amostra de líquido amniótico e em amostras de leite materno, o que pode ser uma boa notícia sobre a questão da transmissão do vírus entre mãe e recém-nascido. Contudo, tudo que sabemos é produto de informações que são atualizadas a todo tempo de acordo com o quadro de evolução da pandemia.

Estou gestante, posso ter parto prematuro se tiver Covid-19 ?
A infecção por covid-19 durante a gestação aumenta o risco de parto prematuro, de baixo peso ao nascer ou de que o bebê nasça sem sinais de vida (natimorto) mesmo que a grávida não tenha apresentado problemas respiratórios graves.
A conclusão é de um estudo conduzido nos Estados Unidos, cujos resultados foram publicados na revista científica The Lancet Digital Health.

Mulheres com confirmação ou suspeita de COVID-19 podem amamentar?
Sim, mulheres com COVID-19 confirmada ou suspeita podem amamentar. Alguns cuidados a serem tomados:
Lave as mãos frequentemente com água e sabão ou higienizar as mãos com álcool a 70% e, especialmente, antes de tocar no bebê;
Usar máscara cirúrgica  durante qualquer contato com o bebê, inclusive durante a alimentação;

É importante substituir as máscaras assim que ficarem úmidas e descartá-las imediatamente. As máscaras não devem ser reutilizadas ou tocadas na frente.

Uma mulher que amamenta pode se vacinar contra a COVID-19?
Sim, as mulheres que estão amamentando podem tomar a vacina.
Nenhuma das vacinas atualmente aprovadas usa o vírus vivo, por isso não há risco de transmitir o vírus para o bebê através do leite materno.
Há também algumas evidências de que, após a vacinação, os anticorpos são encontrados no leite materno, o que pode ajudar a proteger o bebê contra a COVID-19.

28. Que cuidados deve tomar quem usa transporte público, como ônibus, trens e metrô?

Segundo especialistas, é importante manter os ambientes arejados e ao se apoiar nas barras de apoio, as pessoas devem tomar cuidado de não levar as mãos às mucosas da boca, do nariz e dos olhos antes de fazer a higienização correta das mãos, pois estas superfícies podem conter gotículas de tosse ou espirro infectadas.

Recomenda-se manter álcool em gel ou solução a 70% na bolsa e, caso não haja local para lavar as mãos, deve- se higienizá-las cuidadosamente com estas soluções logo após a saída destes ambientes, da mesma maneira que se lava as mãos com água e sabão. Outra recomendação do MS é, se possível, evitar os horários de pico nos transportes públicos.

29. O novo coronavírus já apresenta mutações genéticas?

Sim: variantes Delta e Ômicron. O código genético dos vírus passa por mutações e essas alterações contínuas são uma característica particular desse tipo de material genético (RNA) contido nessas partículas virais, segundo o virologista José Júnior F. de Barros. Os cientistas usam as sequências (ordem) das “letrinhas” (representadas por A, T, C e G) que formam esse material genético e mudanças ocorridas nos genes para rastrear e investigar o caminho percorrido pelos vírus, desde o surto inicial (nesse caso, na cidade de Wuhan, China), até a transmissão e disseminação em outros países ou continentes fora do epicentro da infecção.

30. Posso fazer um exame para saber se tenho o novo coronavírus?

Sim, os exames mais comuns são o RT-PCR e o teste do Antígeno, que podem ser realizados em farmácias, laboratórios e hospitais.

31. O que as empresas podem fazer para ajudar a prevenir a Covid-19?

De acordo com o virologista José Júnior F. de Barros, orientar os funcionários quanto às formas de transmissão e prevenção (medidas profiláticas) ao coronavírus é um dos primeiros passos para as empresas colaborarem para a diminuição do risco de transmissão ou disseminação para outras pessoas.

Uma outra medida é a higienização frequente dos ambientes de trabalho, disponibilização de dispenser de álccol gel 70%, evitar aglomeração e reuniões, e disponibilizar máscaras para os funcionários dimininuindo a transmissibilidade do virus.

32. Que medidas as escolas podem adotar para proteger as crianças?

É muito importante que os pais participem da proteção das crianças evitando levar aquelas com sinais de gripe às escolas. 

À medida que a instituição perceber que uma criança está com sintomas semelhantes à gripe, deve informar aos pais para que ela seja monitorada em casa. As escolas devem adotar os mesmos métodos de higienização de superfícies mais tocadas, como móveis, maçanetas e corrimão, além de objetos compartilhados, como teclados e materiais escolares.

É importante que as escolas informem aos alunos as medidas de prevenção:

• Lavar as mãos com água e sabão de forma correta ou álcool gel A 70%, se for o caso mais prático no momento;
• Lavar as mãos por pelo menos 30 a 40 segundos (o tempo de cantar parabéns para você 2 vezes);
• Mesmo com as mãos limpas, evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca para evitar a auto contaminação;
• Limpar regularmente o ambiente (pisos e superfícies de bancadas e objetos) e, se possível, mantê-lo ventilado com janelas e portas abertas.
• As carteiras devem estar pocionadas em um espaço de no minimo 1,5m de distancia entre elas.

Crianças devem usar máscaras?

As indicações da Sociedade de Pediatria Brasileira sugerem que todas as crianças devem usar máscara, exceto as menores de 2 anos, uma vez que existe o risco de sufocamento.

Para as crianças maiores de  2 anos, é recomendado o uso, de modo que os pais devem se atentar ao tamanho da máscara adequado para o rosto do seu filho.

Por isso, deve haver uma supervisão constante dos pequenos, principalmente em ambiente escolar, onde estão próximos e em constante contato com outros colegas.

No caso dos adolescentes,  a partir dos 12 anos, a utilização da máscara deve seguir as mesmas recomendações para o adulto, uma vez que nessa idade eles possuem maturidade suficiente para entender a situação.

Por fim, é importante lembrar que o uso de máscara não substitui outras medidas de proteção, como a higienização frequente das mãos, a vacinação e o distanciamento social.

Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria

Que tipo de máscara meu filho deve usar?

As crianças devem usar uma máscara bem ajustada que sobreponha o nariz, a boca e o queixo.

Existem dois tipos de máscaras que a OMS recomenda ao público:

- máscaras médicas reutilizáveis que cumpram as normas (máscara cirúrgicas)

- outros tipos de máscaras não médicas reutilizáveis, incluindo máscaras caseiras de várias camadas (tecido) são aceitáveis quando outras opções não estão disponíveis.

33. Como posso saber se uma notícia que eu recebi é verdadeira ou fake news?

O Ministério da Saúde em seu site www.saude.gov.br tem uma área específica para combate às fake news. 

34. Posso usar o bebedouro?

Não é aconselhado o uso de bebedouros de aproximação da boca com o jato de água. Pode-se utilizar somente para dispensação da água em recipiente (copos ou canecas).

O que é a SRAG – Síndrome Respiratória Aguda Grave?

Síndrome Respiratória Aguda Grave. A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) é uma doença respiratória que afeta os pulmões e causa uma série de sintomas graves, parecidos com uma forte gripe.

Pode ocorrer em indivíduos idosos, indivíduos com diabetes mellitus e doença pulmonar crônica , como a existência de comorbidades prévias e idade mais avançada, são os fatores de gravidade identificados, até o momento, nesse grupo como grupos de risco para maior admissão hospitalar em decorrência de influenza sazonal. Já a idade inferior a cinco anos e o diagnóstico de asma, foram apontados como fatores de risco para o desenvolvimento de pneumonia .

Existe correlação das novas cepas com a Síndrome Aguda Grave (SRAG)?
De acordo com pesquisadores da Fiocruz, há registros de aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) com resultado laboratorial positivo para Sars-CoV-2 (Covid-19). Nas últimas quatro semanas ,  foram observados outros vírus no cenário atual , circulantes em concorrência com o vírus da Covid-19:
Influenza A, B , Vírus Sincicial Respiratório (VSR)

As pessoas portadoras do vírus HIV estão em maior risco de serem infectadas com SARS-CoV-2 ou desenvolverem COVID-19 mais grave?
Os portadores do vírus HIV (PVHIV) que não alcançaram a supressão viral através do tratamento antirretroviral (TARV) podem ter um sistema imunológico comprometido que as deixa vulneráveis a infecções oportunistas e progressão adicional da doença pelo HIV.

Não há evidências claras de um maior risco de as PVHIV serem infectados com SARS-COV-2 quando comparadas com a população em geral. No entanto, aqueles com doença avançada por HIV, aqueles com baixa contagem de células T CD4 e alta carga viral do HIV e aqueles que não estão tomando TARV têm um risco aumentado de complicações da COVID-19 em geral.

As vacinas contra a COVID-19 são seguras para pessoas que vivem com HIV?
Segundo a Organização Mundial de Saúde, estudos sugerem que as vacinas COVID-19 recomendadas pela OMS são consideradas seguras para os portadores do vírus  HIV (PVHIV).

Os produtos de vacina COVID-19 atualmente disponíveis não são vacinas vivas, apresentam em suas composições proteínas virais modificadas ou material genético do SARS-CoV-2 que não podem replicar ou causar alterações nos genes humanos.

Estudos observacionais mais recentes avaliaram ainda mais a segurança das vacinas contra a COVID-19 nessa população e não encontraram qualquer evidência de uma maior taxa de efeitos colaterais incomuns após a vacinação quando comparado com a população em geral.

Além disso, nenhuma interação farmacológica foi relatada entre vacinas COVID-19 e medicamentos antirretrovirais (ARV) que As PVHIV devem continuar a tomar após a vacinação para manter a saúde.

Fonte: Doença por coronavírus (COVID-19) e pessoas vivendo com HIV (who.int)