O que é
Monólogo com Hilton Cobra celebra a genialidade e a obra do grande escritor brasileiro. Com dramaturgia de Luiz Marfuz e direção de Fernanda Júlia.
Valor
R$ 22 (inteira) | R$ 11 (meia)
Local
Teatro Firjan SESI Centro
Av. Graça Aranha, 1 - Centro
Rio de Janeiro - RJ
Data
Horário
Título
- 20/08/2019
- 19h às 20h
Detalhes
O espetáculo, interpretado pelo ator Hilton Cobra, com direção de Fernanda Júlia (do Grupo Nata de teatro, da Bahia) e dramaturgia de Luiz Marfuz, propõe uma imersão na contribuição da obra do provocativo escritor, celebrando os 135 anos de seu nascimento, os 15 anos da Cia dos Comuns e os 40 anos de carreira artística de seu fundador e diretor Hilton Cobra.
O texto fictício tem início logo após a morte de Lima Barreto, quando os eugenistas exigem a exumação do seu cadáver para uma autópsia e para esclarecer “como um cérebro inferior poderia ter produzido tantas obras literárias - romances, crônicas, contos, ensaios e outros alfarrábios - se o privilégio da arte nobre e da boa escrita é das raças superiores? ” A partir desse embate com os eugenistas a peça mostra as várias facetas da personalidade e da genialidade de Lima Barreto, sua vida, família, a loucura, o alcoolismo, sua convivência com a pobreza, sua obra não reconhecida, racismo, suas lembranças e tristezas.
A narrativa ganha força com trechos dos filmes “Homo Sapiens 1900” e “Arquitetura da Destruição” – ambos cedidos gentilmente pelo cineasta sueco Peter Cohen. O cenário, de Marcio Meirelles – um verdadeiro manifesto de palavras, contribui para a força cênica juntamente com o figurino de Biza Vianna, a luz de Jorginho de Carvalho e Valmyr Ferreira, a música de Jarbas Bittencourt, a direção de vídeo do cineasta David Aynnan e a direção de movimentos do coreógrafo Zebrinha. O ator Lázaro Ramos – amigo e admirador do trabalho de Cobra, e também os atores Frank Menezes, Harildo Deda, Hebe Alves, Rui Manthur e Stephane Bourgade emprestam suas vozes para a leitura em off de textos de apoio à cena.
Trazer Lima Barreto para o primeiro plano desse debate, encontrar um equilíbrio entre as reflexões sobre a eugenia e a vida e obra do escritor foi, para Luiz Marfuz – responsável pela dramaturgia da peça, um desafio: “Obviamente estamos tratando de uma situação imaginária, um Lima idealizado. Ele sempre se colocou como um escritor militante; e isso é nitidamente visível não só nos romances, mas nas inúmeras crônicas em que defendeu suas ideias humanistas, com fortes doses de anarquismo e socialismo, posicionando-se contra a política, os governantes, o sistema econômico, as injustiças sociais.
Mas a questão da eugenia não foi tratada por ele de forma direta e aberta. Então a arte cria um espaço para que Lima, após uma vida marcada pelo alcoolismo, loucura, a indigência cotidiana e a discriminação racial, retorne com a consciência dessas questões para defender suas ideias”, explica Marfuz.
O projeto de montagem teatral de “Traga-me a cabeça de Lima Barreto”, da Cia dos Comuns, foi contemplado com o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz, em 2015.
Gênero: Drama
Duração: 60 min
Ficha Técnica
Ator: Hilton Cobra
Dramaturgia: Luiz Marfuz
Direção: Fernanda Júlia
Cenário: Márcio Meireles
Desenho de Luz: Jorginho de Carvalho e Valmyr Ferreira
Figurino: Biza Vianna
Direção de Movimentos: Zebrinha
Direção Musical: Jarbas Bittencourt
Direção de vídeo: David Aynnan
Direção de Produção: Tania Rocha
Produção executiva: Afonnso Drumond
Design gráfico: Bob Siqueira e Gá
Participações especiais (voz em off): Lázaro Ramos, Frank Menezes, Harildo Deda, Hebe Alves, Rui Manthur e Stephane Bourgade