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Destaques do comércio exterior do Rio de Janeiro | Outubro 2024
Dentre os meses de janeiro a setembro de 2024, a corrente de comércio brasileira alcançou US$ 452 bilhões, composta por US$ 255 bilhões em exportações e US$ 196 bilhões em importações, resultando em um saldo comercial de US$ 59,1 bilhões. No que diz respeito ao Rio de Janeiro, a corrente de comércio fluminense totalizou US$ 54,8 bilhões, consolidando-se como segundo maior player na corrente de comércio nacional. O estado registrou um saldo comercial de US$ 13,3 bilhões.
No acumulado anual de 2024, as exportações do estado do Rio de Janeiro totalizaram US$ 34,0 bilhões, mantendo-se em um patamar estável em comparação ao ano anterior. Apesar do equilíbrio, houve uma diminuição de 28% nas vendas da segunda principal indústria fluminense, Metalurgia (US$ 2,0 bilhões). Esse declínio pode ser atribuído a redução de 30% dos embarques de produtos semimanufaturados de ferro ou aço (US$ 1,7 bilhão).
Por outro lado, houve um crescimento de 40% nas exportações da indústria de Máquinas e equipamentos (US$ 704 milhões), impulsionada pelo aumento de 931% nas vendas de bombas, compressores e ventiladores (US$ 358 milhões), principalmente para o mercado de Singapura (US$ 322 milhões).
No que se refere às importações do estado do Rio, observou-se um crescimento de 8%, resultando em um total de US$ 20,7 bilhões. Esse aumento reflete o acréscimo na indústria de Máquinas e equipamentos (US$ 1,8 bilhão), que registrou variação positiva de 33% nos desembarques, especialmente impulsionada pelo aumento de 230% nas aquisições de bombas, compressores e ventiladores (US$ 369 milhões). Entretanto, houve redução de 12% nas importações da indústria Coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (US$ 1,5 bilhão), influenciada pela retração de 59% nas compras de coques e semicoques de hulha (US$ 433 milhões).
Com relação à exportação de petróleo do estado do Rio de Janeiro, entre os meses de janeiro a setembro, o volume permaneceu equilibrado, totalizando US$ 26,5 bilhões. Apesar do equilíbrio, observou-se um aumento de 44% nas exportações para a Espanha (US$ 3,1 bilhões) e um crescimento de 24% nas vendas para os EUA (US$ 2,8 bilhões). Além disso, as exportações para a China, principal parceiro comercial, mantiveram-se estáveis, com uma variação negativa de 0,4%, totalizando US$ 12,5 bilhões.
Em contrapartida, as importações apresentaram um aumento de 3% no acumulado anual, totalizando US$ 2,1 bilhões. Reflexo do crescimento de 9% das importações oriundas do principal fornecedor do estado, a Arábia Saudita, que somaram US$ 1,6 bilhão e uma participação de 73%. Por outro lado, as importações da Guiana (US$ 573 milhões; 27%) recuaram 11%.
Entre janeiro e setembro de 2024, as exportações fluminenses exclusive petróleo registraram um equilíbrio, totalizando US$ 7,5 bilhões. Apesar da estabilidade, houve redução das exportações para quatro das seis principais regiões comerciais. Em particular, a USMCA (US$ 2,7 bilhões), apresentou uma diminuição de 11%, refletindo o recuo das vendas para os EUA, que somaram US$ 2,6 bilhões e uma participação de 35%. Este decréscimo é explicado pela queda de 26% dos embarques de produtos semimanufaturados de ferro ou aço (US$ 1,6 bilhões).
Em contrapartida, as exportações do estado do Rio para a Ásia aumentaram em 48%, alcançando US$ 2,3 bilhões. Reflexo do acréscimo de 72% das vendas para Singapura (US$ 1,5 bilhão), devido à variação positiva de mais de 1000% nos embarques de bombas, compressores e ventiladores, que somaram US$ 322 milhões.
No que concerne às importações fluminenses exclusive petróleo, observou-se uma variação positiva de 8%, resultando em um acumulado anual de US$ 18,6 bilhões, reflexo do aumento dos desembarques provenientes de oito dos dez principais parceiros comerciais do estado. Destacam-se, nesse contexto, as importações originárias dos EUA, do Reino Unido e da Rússia. As compras oriundas dos EUA totalizaram US$ 6,5 bilhões, com um crescimento de 15%, explicável pelo incremento de 35% nas importações de partes de motores e turbinas para aviação (US$ 2,1 bilhões) e de 14% em motores e turbinas para aviação e suas partes (US$ 1,8 bilhões).
Além disso, os desembarques fluminenses com origem no Reino Unido (US$ 693 milhões) apresentaram um aumento de 34%, impulsionado por um crescimento superior a 1000% nas importações de gás natural liquefeito (US$ 99,4 milhões) e de tubos flexíveis de ferro ou aço (US$ 148 milhões). As importações do estado devindas da Rússia (US$ 652 milhões), por sua vez, registraram um acréscimo de 108%, atribuído ao aumento nas importações de produtos semimanufaturados de ferro ou aço, que totalizaram US$ 224 milhões.
No terceiro trimestre de 2024, o índice Preço das exportações fluminenses avançou 4% em relação com o mesmo período do ano anterior. Já o índice Quantum registrou um recuo de 8% em comparação com 2023. No que se refere as indústrias fluminenses, o setor de Móveis teve um aumento de 70% no Índice Preço no período analisado, em contraposição teve diminuição de 39% no Índice Quantum, sugerindo um crescimento no valor agregado das vendas internacionais da indústria.
Além disso, cabe destacar também o aumento de 120% no Índice que representa as quantidades exportadas no setor de Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, cujo índice Preço apresentou estabilidade. Em paralelo, a indústria de Bebidas apresentou uma variação positiva de 18% do Índice Preço e de 76% no índice Quantum.
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