A delegação empresarial da região ucraniana Dnipropetrovsk, um dos centros industriais e culturais mais bem desenvolvidos do país, visitou hoje, 16, a sede do Sistema FIRJAN para apresentar e conhecer oportunidades de cooperação. Na visão de Pedro Spadale, gerente da FIRJAN Internacional, os setores debatidos com mais potencial para trocas com o estado do Rio são energia, tecnologia, educação e cosméticos.

“O Rio é a capital nacional do setor de petróleo e gás. Além disso, possuímos uma indústria diversificada, com potencial para parcerias de negócios com empresas ucranianas em outros setores, tais como biotecnologia, máquinas e equipamentos, tecnologia da informação. A Ucrânia é muito forte na área de educação, o que apresenta potencial para intercâmbio na área educacional com instituições fluminenses”, explicou Spadale.

Com objetivo de prospectar novos mercados, Prygunov Olesandrovych, chairman do Conselho Regional de Dnipropetrovsk, apontou interesse da delegação nos painéis solares e etanol brasileiros: “Por outro lado, temos forte produção de próteses médicas, tecnologia e suplementos biologicamente ativos, que podem interessar às empresas fluminenses”.

Dnipropetrovsk é responsável por 10% de toda produção industrial do país. Os setores mais desenvolvidos da região são os complexos de mineração-metalurgia, máquinas agrícolas, indústrias químicas, de processamento e de alimentos.

Prygunov Olesandrovych apontou interesse da delegação nos painéis solares e etanol brasileiros | Foto: Vinícius Magalhães

Relação comercial

A pauta importadora ucraniana é bem diversificada, contemplando desde petróleo e derivados até medicamentos, tratores, motores de carro, inseticidas, telefones e maquinário. Já as exportações estão concentradas em produtos agroindustriais, como oleaginosas, milho e trigo, além de minério de ferro, produtos de ferro ou aço e máquinas elétricas.

O estado do Rio ainda vende pouco para o país. Apenas US$ 88 mil foram exportados em 2017, sendo mais da metade de produtos de joalheria e pedras lapidadas. Já as compras da Ucrânia – o equivalente a US$ 3 milhões ano passado – foram principalmente de medicamentos, ferro-ligas, aparelhos para telefonia e tubos de ferro/aço.

Para o embaixador Frederico Cezar de Araujo, diretor da FIRJAN Internacional, há bastante espaço para estreitar o relacionamento entre os dois países: “As possibilidades de cooperação foram apresentadas. Vamos agora trabalhar para que novas parcerias, tanto no setor industrial quanto na área educacional, possam surgir deste encontro”.