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Cultura / Economia

RioMarket: apresentações na Casa Firjan discutem o universo feminino no audiovisual

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Publicado em 07/11/2018 15:35  -  Atualizado em  09/11/2018 15:23

Com a proposta de discutir a representatividade da mulher no setor audiovisual, bem como o olhar e a linguagem feminina por trás das câmeras, o RioMarket reuniu na Casa Firjan, em 06/11, executivas, diretoras e roteiristas nacionais e internacionais. O público lotou as duas apresentações sobre mulheres no audiovisual.

“Estamos falando de um negócio que rende e traz riquezas para o país e é especialmente importante ter um olhar diferente, como o feminino. E não estamos falando apenas disso, mas também dos olhares da diversidade”, apresentou Ilda Santiago, diretora executiva do Festival do Rio.

Em sua 20ª edição, o Festival do Rio é considerado um dos mais importantes eventos cinematográficos do mundo e sua área de negócios, o RioMarket, ocupa a Casa Firjan até 10/11, para a troca de conhecimento entre profissionais e empresas do setor audiovisual.

Debora Ivanov, diretora da Agência Nacional do Cinema (Ancine), apresentou números que revelam a desigualdade de gênero no setor no Brasil. “Somos maioria e não minoria da população, segundo dados do IBGE, mas, de 2009 a 2017, a participação feminina na direção nunca ultrapassou 25% dos filmes lançados nas salas de cinema”, disse. Ainda de acordo com os dados da Ancine, Debora destacou que “as mulheres, em geral, tem maior presença nas obras de menor orçamento”.

 

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Debora Ivanov, diretora da Agência Nacional do Cinema (Ancine) e Evelyne Coulombe, do consulado do Canadá, também participaram das discussões | Foto: Paula Johas

 

Uma realidade mais favorável foi apresentada por Evelyne Coulombe, do consulado do Canadá, onde a igualdade de gênero é uma prioridade do governo. “A posição do primeiro-ministro Justin Trudeau sobre a paridade de gênero em seu próprio gabinete provocou uma onda de interesse e a questão foi enraizada no Canadá”, comentou. A postura de Trudeau se reflete em diversos setores, como no audiovisual. “Entre os projetos de filmes que a agência federal (Telefim Canada) financiou no ano fiscal de 2017/2018, 44% tinham uma diretora, 46% apresentavam uma roteirista e 51% tinham uma produtora”, pontuou Evelyne.

Fazendo a diferença

Além dos resultados animadores do Canadá, iniciativas brasileiras mostram que é possível fazer a diferença. “O Selo Elas surgiu de uma inquietação por causa de uma pesquisa da Ancine de 2017. O selo busca trazer consultorias de mercado, mentorias para realização de filmes e capacitação das diretoras”, explicou Gabriela Souza, da produtora Elo Audiovisual. A iniciativa veio para dar espaço às narrativas femininas.

Regiane Wohnrath, do canal ESPN, mostrou a preocupação em romper com essa desigualdade, também presente nos canais de esporte. “Buscamos contar histórias de mulheres através do esporte e alertar para essa realidade, que precisa ser diferente daqui a um tempo para não termos mais que falar em desigualdade”, acrescentou.

Para entender como é desenvolver um projeto do ponto de vista feminino, as cineastas Dominga Sottomayor, Gabriela Amaral, Alice Gomes, Vanessa Barone e Susanna Lira conversaram sobre suas experiências. Para Alice, diretora e roteirista, ter conseguido tocar num tema sensível com o filme “A última abolição” tem a ver com o olhar subjetivo das mulheres. “A mulher pode fazer tudo, terror, ficção e todos os tipos de orçamento, mas às vezes essa subjetividade da amorosidade vai estar presente nas obras”, disse.

Veja como foi o primeiro dia do Rio Market, com debates sobre Realidade Virtual e, ainda, sobre processo criativo no cinema.

Confira a cobertura do debate, com participação da Firjan, sobre o audiovisual como ferramenta para educação e a profissionalização do setor. 

 
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