O futuro das lojas de vestuário pode caber apenas em uma tela. Com essa premissa, o Instituto SENAI de Tecnologia (IST) Automação e Simulação criou o primeiro espelho, no Brasil, que utiliza realidade virtual e aumentada para criar roupas que ficam prontas em cerca de meia hora. Além de ser um processo rápido, a tecnologia – desenvolvida para o SENAI CETIQT – possibilita que o cliente visualize como ficará o caimento da peça em seu corpo através da tela antes de mandar confeccioná-la em uma impressora 3D.
Para Sergio Motta, diretor regional do SENAI CETIQT, essa inovação reduzirá o estoque porque a roupa ficará pronta a partir da interação do consumidor com a máquina: “A produção da vestimenta será feita a partir das escolhas do cliente. O equipamento, no futuro, estará em shoppings, por exemplo. Além de eliminar os estoques, essa integração faz com que sejam reduzidos os desperdícios e garantam mais sustentabilidade para a indústria”, explicou.
Ainda de acordo com ele, com o advento das novas tecnologias será possível realizar esse processo sem sair de casa, a partir de um smartphone ou tablet. “Indústria e sociedade estarão cada vez mais integradas pelos novos sistemas produtivos, que assumirão, inexoravelmente, um perfil de autonomia fortalecida pela automação modular, pela robotização, pelas redes digitais de comunicação e pelas novas tecnologias de produtos, processos e de novos materiais”, pontuou Motta.
Para preparar a indústria fluminense para esse futuro próximo, o SENAI já oferece aos empresários espaços com consultoria específica para produção de protótipos que seguem o modelo do Do It Yourself – faça você mesmo. Lá, além dos equipamentos e tecnologias de ponta, o empreendedor conta com o apoio de especialistas e consultores para auxiliar na elaboração de seus projetos.
“O SENAI entende que a quarta revolução industrial já está acontecendo e é necessário estar atualizado sobre as novas tecnologias para poder ter competitividade no mercado. Para isso, oferecemos serviços voltados à capacitação das empresas fluminenses para esse novo cenário. Acreditamos que o processo pode ser implantado em etapas, por meio da automação e integração”, observou Maurício Ogawa, gerente executivo do IST Automação e Simulação.