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Assim como no ano passado, quando completou 10 anos, o Festival X-Todas 2025 fala sobre as realizações das mulheres nos territórios artísticos e culturais. Entre novembro e dezembro, os Teatros Firjan SESI Centro, Jacarepaguá, Caxias, Campos, Macaé e Itaperuna abrem suas portas para uma programação simultânea, formada por cerca de 40 atrações, entre espetáculos teatrais e de dança, shows, mostras de cinema, rodas de conversas, oficinas, feiras de artesanato e o projeto especial “X-Trilhas”.

O X-Todas chega à sua 11°edição seguindo seu principal objetivo de ouvir a diversidade que forma a nossa sociedade e as manifestações artísticas-culturais fluminenses. Além da programação artística, o festival possui oficinas e rodas de conversa. Tudo liderada por elas: as mulheres. 

“Em 2024, demos um novo nome para o festival para contar, celebrar e impulsionar a trajetória dessas protagonistas da sociedade nos mais diversos campos de atuação”, explica Antenor Oliveira, gerente de Cultura e Arte da Firjan SESI, lembrando que, anteriormente, a mostra era chamada X-Tudo. 

A temática territorialidades femininas será trabalhada por meio de uma programação diversa, cujo centro da discussão é a relação das mulheres com o território e o modo como elas se organizam nele. 

“Quando falamos de mulheres, precisamos pensar o território não apenas como espaço físico, mas como lugar de resistências e (re)existências, o corpo, a casa e a cidade, entendidos como espaços de opressão e de resistência, interseccionalidade e territorialidade e espaços de luta pela reparação, pelo reconhecimento e pelo direito de existir”, detalha Júlia da Costa Santos, coordenadora de Educação e Cultura da Firjan SESI, curadora do X-Todas. 

Júlia conta que foram mapeadas artistas, produtoras, educadoras, empreendedoras e mediadoras para rodas de conversa e para o Trilha X-Todas – Territorialidade que possuem projetos e forte atuação nas regiões onde a Firjan SESI mantém seus Teatros. A intenção, segundo a curadora do X-Todas, é entender como os equipamentos culturais se relacionam com os espaços que ocupam. 

"Quando eu pensei em territorialidades femininas, minha intenção era mostrar o movimento por trás desse conceito. É sobre como essas mulheres utilizam a terra, se organizam no espaço e atribuem significado a um lugar. Além disso, está profundamente conectada a relações econômicas, culturais e políticas", finaliza Júlia. 

Entre os destaques da programação, estão os espetáculos “Azira’i”, que deu à Zahy Tentehar o primeiro Prêmio Shell de Teatro à uma atriz indígena; “Em nome da mãe”, com dramaturgia e atuação de Suzana Nascimento, que recebeu quatro troféus (atriz, espetáculo, direção e música) no Prêmio APTR de Teatro de 2022; “24h na vida de mulher”, que une os artistas bailarinos Luciana Bicalho e Gabriel Bulcão na adaptação da obra homônima do escritor austríaco Stefan Zweig. 

Além dos espetáculos, destacam-se também Mostra de Cinema Árabe Feminino, em Jacarepaguá; Mostra de Cinema Indígena, no Centro do Rio; shows com Luedji Luna e Xênia França, entre outras.