A parceria da Firjan SENAI SESI com empresas na área de responsabilidade social gerou 46 projetos em diversas regiões do estado, principalmente na Metropolitana do Rio em 2021 – em cultura, esporte, educação profissional, educação básica, desenvolvimento humano e consultorias para empresas sobre responsabilidade social. As ações envolveram 32 indústrias e 2.791 participantes em 142 turmas.
Uma das que conseguiu uma vaga no mercado após o curso, é Indy Andrielly do Nascimento, de 20 anos. Ela foi selecionada para o projeto social Porto do Saber, parceria com a Subsea 7, uma multinacional de petróleo e gás. Indy fez curso de edição de vídeo para web e hoje é jovem aprendiz na empresa. Moradora de Vila Kennedy, a ex-aluna pretende se especializar em marketing cultural. O projeto foi implantado pela companhia em 2015, após mudança da sede para a zona portuária do Rio, e a empresa acredita que, desta forma, consegue ajudar a elevar a empregabilidade dos jovens para atuar no setor de vocação do Rio: a indústria criativa.
“Além do conhecimento técnico sobre vídeo e fotografia, o curso não se limitou ao uso de ferramentas, abri minha mente para o universo digital e descobri uma vocação. Também aprendi noções de administração, comunicação corporal e comportamento em ambiente profissional”, destaca Indy.
 |
Indy Andrielly, da Vila Kennedy, é egressa do projeto Porto do Saber |
Há 22 anos, a Firjan SENAI SESI integrou a responsabilidade social à sua missão, tendo criado uma assessoria e um Conselho Empresarial para conduzir ações e fazer mobilização em todas as regiões do estado. A atuação da federação atende as demandas das empresas sobre os diversos temas relacionados.
“Montamos um projeto único e customizado para cada parceiro a fim de atender às demandas das empresas e da sociedade. Muitas indústrias pretendem qualificar mão de obra, como forma de aumentar a empregabilidade, gerar renda e desenvolvimento local. Como o exemplo da LafargeHolcim, em Cantagalo, que investiu em um curso de qualificação para pedreiros em sua região”, esclarece Fernanda Medeiros Ferreira, especialista em Responsabilidade Social da Firjan SESI.
Outras organizações querem contribuir para um processo de crescimento das comunidades, pois entendem que o fortalecimento educacional e profissional refletem na formação de um mercado mais preparado, com melhor qualidade de vida e que pode se tornar consumidor de produtos em geral.
Wanderley dos Santos, 20 anos, já fazia instalações elétricas “de curioso”. Interessado em profissionalizar-se, participou do projeto social EJA Profissionalizante, parceria entre a Porto Sudeste e a Prefeitura de Itaguaí, entre 2019 e 2021. “Foi o primeiro de vários cursos, pretendo fazer o de Eletrônica. O projeto mostrou que meu caminho é nestas áreas e que poderei me estabelecer nesse campo”, diz Wanderley, às vésperas do nascimento do filho, que se chamará Edson, em homenagem ao inventor da lâmpada elétrica. O eletricista trabalha na empresa Santa Luzia, na montagem de sinalização de obras em vias públicas. “Mas costumo ser chamando para serviços como auxiliar de eletricista, porque sabem de minha qualificação”, afirma.