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Firjan / Economia do Rio/ Competitividade

Firjan: atuação de norte a sul do estado

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Publicado em 11/01/2022 15:40  -  Atualizado em  11/01/2022 16:37

Reportagem da Carta da Indústria

No interior do estado do Rio, um dos destaques de 2021 foi a entrega das agendas regionais para os prefeitos fluminenses. As nove representações da Firjan tomaram essa iniciativa, reunindo os principais gargalos econômicos e as respectivas soluções em prol do desenvolvimento de suas regiões, para o período 2021-2024. As agendas foram elaboradas pelo corpo técnico da Firjan ao lado de empresários conselheiros da federação, tendo como base o Mapa do Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro 2016-2025

“São pautas de competência municipal, transversais aos diferentes setores da indústria e que afetam o ambiente de negócios e a competitividade da região como um todo”, explica Roberto Leverone, presidente da Firjan Duque de Caxias e Região. “Essa agenda positiva reúne o posicionamento dos empresários da Baixada e é resultado de meses de ampla discussão interna com o apoio técnico da federação”, sintetiza Carlos Erane de Aguiar, presidente da Firjan Nova Iguaçu e Região.

Um dos tópicos inseridos diz respeito à melhoria da condição de segurança no Arco Metropolitano (BR-493), pleito que envolve cinco regionais, três delas diretamente: Nova Iguaçu e Região, Caxias e Região e Leste Fluminense; e outras duas indiretamente: Serrana e Centro-Norte, já que a rodovia facilita o escoamento da produção e a mobilidade dos moradores. Mas a estrada, na verdade, beneficia todo o estado. Uma das conquistas do ano foi a retomada das obras do Arco entre Magé e Itaboraí, por parte do governo federal. "A duplicação desse trecho impactará positivamente a qualidade da infraestrutura logística e de mobilidade urbana”, analisa Luiz Césio Caetano, presidente da Firjan Leste Fluminense e presidente em exercício da Firjan.

Um dos pleitos atendidos que beneficia todo o estado, especialmente o Leste, é a Avenida Portuária, aberta ao tráfego em 28/04, fruto dos investimentos da EcoPonte, concessionária que administra a Ponte Rio-Niterói (BR-101). O acesso rodoviário para caminhões situa-se entre a Avenida Brasil, na altura de Manguinhos, ao portão 32 do Porto do Rio. 

Outro projeto com retorno positivo é a dragagem do Canal de São Lourenço, na
Baía de Guanabara, obra considerada vital para a reestruturação do setor naval fluminense. O anúncio foi feito pela prefeitura de Niterói, em novembro. A intervenção integra a Agenda Regional do Leste Fluminense do Mapa do Desenvolvimento.

Reunião com o governador

Em 2021, empresários de três regionais tiveram reuniões locais com o governador Cláudio Castro: Serrana, Centro-Norte e Norte. Nos encontros, os industriais reforçaram a importância de investimentos públicos em infraestrutura, logística, mobilidade e segurança, visando a melhoria da competitividade das empresas, o fomento aos negócios e o crescimento dos municípios. Castro, à época, anunciou obras que ainda não tiveram início, como a Ponte da Integração e a RJ-244, que vai ligar o Porto do Açu à BR-101, em Campos dos Goytacazes.

“As questões apresentadas ao governador são essenciais para a continuidade das empresas e desenvolvimento da região. A criação de novos negócios e a abertura de postos de trabalho passam pelas políticas de incentivos fiscais do governo, principalmente, quando não se consegue competir em igualdade com os estados vizinhos. Além disso, a qualidade da infraestrutura logística e de mobilidade urbana é um dos fatores decisivos para a atratividade de investimentos”, analisa Márcia Carestiato Sancho, presidente da Firjan Centro-Norte. Um dos pedidos é a revitalização da RJ-130, ligando Teresópolis a Friburgo, um das obras confirmadas pelo poder público estadual. 

5G pelo interior

Outro tema transversal se refere à adequação das legislações para que os municípios recebam a tecnologia 5G, cujo leilão nacional foi realizado no início de novembro. A Firjan e suas Regionais vêm atuando junto às Câmaras de Vereadores e ao Fórum de Desenvolvimento do Rio, da Alerj, para mobilizar e assessorar as autoridades nessa direção. 

A força-tarefa tem dado resultado. Até 24/11, 17 municípios fluminenses já estavam com legislação vigente: Duas Barras, Cachoeira de Macacu, Campos, Cardoso Moreira, Carmo, Casimiro de Abreu, Itaocara, Itaperuna, Nova Friburgo, Macaé, Petrópolis, Rio das Flores, Rio de Janeiro, São João da Barra, São Sebastião do Alto, Valença e Volta Redonda. Já entre as cidades com projetos de lei tramitando estão Conceição de Macabu, Duque de Caxias, Mangaratiba, Miguel Pereira, Niterói, São Francisco de Itabapoana e Teresópolis. 

“Esse é um tema de alta relevância para a sociedade e para todo os segmentos econômicos. Trata de produtividade, geração de empregos e atração de investimentos, mas também toca em um importante tema, o de incluir pessoas no mundo digital”, explica Júlio Talon, presidente da Firjan Serrana. “O município que possuir a lei adequada sairá na frente pela atração de investimentos”, complementa Caetano.

40 anos de duas regionais

Em 2021, duas Representações Regionais completaram 40 anos: Nova Iguaçu e Campos, enquanto a Comissão da Firjan em Macaé celebrou seus 20 anos. E por falar em Norte Fluminense, a região ganhou destaque em 2021 como polo energético do estado. Há 21 projetos em diferentes estágios de desenvolvimento, tendo como fontes gás natural, gás liquefeito de petróleo (GNL), solar, eólica e hidrogênio, que poderão contribuir para trazer segurança energética ao país. 

“Vivemos um momento crucial de transformação e de diversificação da geração de energia e o Norte Fluminense tem tudo para se destacar nesse cenário, graças às condições climáticas propícias e à capacidade industrial já instalada na região”, destaca Francisco Roberto de Siqueira, presidente da Firjan Norte Fluminense. O tema foi debatido em evento promovido em 28/10. A região está na vanguarda da evolução da integração energética, e Campos é o segundo município com mais geração solar do estado. 

Além desses projetos, o Radar da Energia no Norte Fluminense, da Firjan, contabiliza ainda na região 53 campos em produção de petróleo, dois blocos de exploração, dois com licitação prevista e quatro sob concessão. Ou seja, o panorama sinaliza que as fontes alternativas conquistam espaço, sem que a indústria de petróleo e gás perca importância.

Entre os demais destaques do Norte Fluminense, estão a criação do Grupo Mulheres na Indústria; o workshop de qualificação de fornecedores para o Porto do Açu, que beneficiou mais de 70 empresas da região; e a defesa de interesses locais em temas como Refis, IPTU retroativo e novo Código Tributário. 

Mapa viário norte-noroeste

A economia do Noroeste também vive novos horizontes. No que diz respeito à logística, a região aguarda aportes para tornar realidade antigos pleitos; entre eles, o Contorno de Itaperuna, que facilitará o fluxo em direção aos distritos industriais e ao Porto do Açu. Os projetos integram o documento Rio Canteiro de Obras, entregue pela federação ao governo do estado, reunindo 22 pleitos prioritários na área de infraestrutura do estado.

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A agroindústria foi outro destaque: são da região noroeste sete dos oito premiados no IV Concurso de Cafés Especiais, realizado no início do ano pela Associação dos Cafeicultores do Estado (Ascarj) com o apoio do governo estadual.

Duas regionais criaram grupos de trabalho (GT) em busca de soluções para a
qualidade do fornecimento de energia: Noroeste e Centro-Sul. “Esse é um problema histórico, e a criação do GT vem ao encontro dos anseios de grande parte dos empresários e da população de várias cidades do Noroeste”, afirma José Magno Hoffmann, presidente da Firjan Noroeste Fluminense. “A energia elétrica é o principal insumo da indústria. Com equipamentos cada vez mais modernos e tecnológicos, a baixa qualidade na oferta gera entraves produtivos e reflete em prejuízos em relação à manutenção dessas máquinas”, pontua Alceir José Corrêa, presidente da Firjan Centro-Sul.

Mais um pleito atendido

A construção de uma ponte em Porto Real, que vai servir ao Cluster Automotivo do Sul Fluminense – pleito da Firjan também incluído no documento Rio Canteiro de Obras –, consta no Pacto RJ, pacote de investimentos com recursos da outorga da concessão parcial da Cedae, segundo anunciou o governador, em agosto. 

Já o webinar “Novas oportunidades de desenvolvimento científico no setor naval e aeroespacial” foi promovido pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas, Automotivas, de Informática e de Material Eletroeletrônico do Médio Paraíba e do Sul Fluminense (Metalsul) e o Centro Tecnológico do Sul Fluminense, em 31/08. O encontro, realizado em conjunto com o Cluster Tecnológico Naval e o segmento aeroespacial, debateu a importância da cooperação entre as instituições de ensino, empresas e governos, com o intuito de gerar inovação. 

Ainda no Sul, em 07/10, ocorreu a inauguração simbólica da primeira fábrica de transformadores a seco de média tensão no estado do Rio, da empresa BRVal Electrical, em Valença. O evento faz parte da iniciativa Valença 2030, movimento de empresários e outros atores para o fomento do município. “Atitudes como esta devem ser multiplicadas por outros municípios da região, pois o crescimento do estado do Rio passa pelo desenvolvimento local", ressalta Henrique Nora Jr., presidente da Firjan Sul Fluminense.

As nove Representações Regionais atuaram em dezenas de outros temas tratados ao longo desta edição Retrospectiva 2021 da Carta da Indústria, como as concessões que envolveram seus municípios, entre elas a da Cedae e da Via Dutra (BR-116), que uniu ao contrato a BR-101, trecho Rio-Santos.

 
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