Dobrar o número de mulheres nos próximos anos na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). A meta foi anunciada por Anderson Santos de Castro, gerente Regional de Gente e Gestão da companhia, que recebeu o Prêmio Faz Diferença – uma parceria do jornal O Globo com a Firjan –, na categoria Desenvolvimento do Rio, pelo Programa Diversidade na Siderurgia. Em formato híbrido, a cerimônia de premiação foi apresentada na noite de 25/08, da Casa Firjan, pelos jornalistas Miriam Leitão e Ancelmo Gois.

“Estamos buscando a diversidade, a inclusão, e, para isso, estipulamos metas desafiadoras para os próximos anos”, ressaltou Castro, ao destacar que as mulheres fazem a diferença e motivam os homens a pensarem diferente. A siderúrgica, situada em Volta Redonda, Sul Fluminense, criou o programa para estimular o aumento da presença feminina e a promoção de pessoas negras e com deficiência a posições de liderança na usina. O programa conta com a parceria da Firjan SENAI SESI, através do projeto Capacitar.

Realizado em 2019/2020, o projeto fez a capacitação de 90 mulheres contratadas. Elas passaram por cursos de qualificação profissional na Firjan SENAI e realizaram, com a Firjan SESI, o acompanhamento para o desenvolvimento humano, com foco no desenvolvimento das competências socioemocionais no ambiente do trabalho. São abordadas questões de identidade, direitos humanos, projeto de vida, protagonismo e mercado de trabalho. A próxima turma começa em setembro e vai capacitar mais 160 mulheres.

Soluções para o impacto da pandemia

Marcada pela emoção diante de iniciativas e personalidades que inovaram e buscaram incansavelmente soluções para minimizar os impactos gerados pela pandemia, o Faz Diferença concedeu o prêmio de Personalidade do Ano a Margareth Dalcolmo. A pneumologista da Fiocruz foi homenageada, principalmente, por ter se tornado uma voz de esclarecimento sobre a Covid-19 para a população do país.

“O Prêmio Faz Diferença cumpriu, mais do que nunca, seu objetivo: destacar iniciativas inspiradoras para o país. Esta edição mostrou a dedicação de heroínas e heróis, na maior crise sanitária em mais de um século. É motivo de imenso orgulho para a Firjan homenagear, nesta parceria com O Globo, quem fez a diferença em um 2020 abalado pela pandemia da Covid-19”, afirmou Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan.

O prêmio de Personalidade do Ano foi entregue a Margareth Dalcolmo, pneumologista da Fiocruz | Foto: Paula Johas

Margareth Dalcolmo dedicou o prêmio aos profissionais de saúde e às vítimas da pandemia. “Esse reconhecimento não é meu. É do protagonismo anônimo de milhares de profissionais de saúde que jamais deixaram seus plantões, que jamais deixaram de atender milhares e milhares de pacientes. É a eles que eu dedico, além de naturalmente às quase 600 mil pessoas brasileiras, muitas das quais que não precisariam ter morrido, e à Fundação Oswaldo Cruz, que abre as portas e nos permite criar”, declarou. A médica encerrou a fala com um verso de Jorge de Lima para manter um gesto de esperança: “Há sempre um copo de mar para um homem navegar”.

A inovação frente a um cenário totalmente desconhecido como o da pandemia foi a tônica de outros reconhecimentos da 18ª edição do Faz Diferença. Teresa Cristina, na categoria Ela, foi a “rainha das lives”, por ter cantado e emocionado uma legião de seguidores, ao se apresentar diariamente pelo Instagram, durante o período de isolamento social. Enquanto isso, os professores brasileiros tiveram que reaprender o ofício de ensinar remotamente. Com isso, a categoria Educação foi representada pelos professores Jayse Antônio da Silva e Kleyton Abreu.

Anderson Santos de Castro (à esq.), da CSN, com os representantes da Firjan: Leo Edde, vice-presidente; Carla Pinheiro, diretora; e Luiz Césio Caetano, 1o. vice-presidente | Foto: Paula Johas

“Diante da tragédia que se abateu sobre o mundo, a premiação mostra os exemplos de muitos beija-flores que, com suas ações, dignificam a condição humana e são motivo de inspiração para o nosso país”, frisou Luiz Césio Caetano, vice-presidente da Firjan, após citar uma parábola que o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, gostava de contar. Na metáfora, o pássaro insistia em fazer a sua parte numa tentativa incansável de tentar apagar um incêndio na floresta, explicou.

Segundo Caetano, a Firjan foi a entidade que, com mais assertividade, apresentou propostas aos governos federal, estadual e municipais. O vice-presidente também apontou algumas das ações da federação no enfrentamento à crise, como o Programa Resiliência Produtiva, lançado em 13 de março do ano passado, apenas dois dias depois da declaração da pandemia. “Para nossa satisfação cerca de 80% das propostas foram atendidas”, assinalou.

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Assista aqui à cerimônia completa de premiação e veja as iniciativas que mais inspiraram o país em 2020: