O Conselho Estratégico da Casa Firjan, instalado em 04/12, terá como temas, em 2019-2020, o papel da representação empresarial na democracia; o desafio de reinvenção da empresa na nova economia; e o futuro do trabalho/emprego. O grupo, que tem como presidente o advogado e escritor Joaquim Falcão, se reunirá ao menos quatro vezes ao ano. “As mudanças em direção a uma nova economia criaram novos desafios às empresas e à representação empresarial. Temos como objetivo rever esse posicionamento”, apontou Falcão.

Para Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan, a transição, em 2019, para novos governos, estadual e federal, é o momento ideal para trabalhar essa nova visão: “O tempo chegou. Temos a oportunidade de escolher entre ficarmos quietos, observando, ou oferecermos um caminho a esses governantes sobre como atuar a partir de bases eficientes, como o Sistema S”.

Integrantes do Conselho

Heterogêneo, em consonância com os atuais desafios da nova economia, o Conselho é formado por: 

Ana Paula Pessoa: diretora do Credit Suisse e indicada pela instituição para um assento em seu conselho global (a primeira vez que um brasileiro é indicado para a posição). Também diretora da News Corporation e da VINCI AS. 

Carlos Fernando Gross: vice-presidente da Firjan e presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos do Estado do Rio de Janeiro (Sinfar-RJ); diretor do Laboratório Gross.

Claudio Tangari; presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Nova Friburgo (Sindmetal); diretor executivo da M.H.S. Mecânica Hidráulica e Sistemas.

Joaquim Falcão: ocupante de cadeira na Academia Brasileira de Letras, o advogado e escritor já atuou como diretor da Faculdade de Direito da PUC-Rio, professor associado da Universidade Federal de Pernambuco e da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro, além de ter sido fundador e professor titular da Escola de Direito da Fundação Getulio Vargas do Rio de Janeiro. Foi ainda chefe de gabinete do ministro da Justiça no governo Sarney, Fernando Lyra; fez parte da Comissão Provisória de Estudos Constitucionais, a Comissão Afonso Arinos; presidiu a Fundação Nacional Pró-Memória, responsável pelas principais casas de cultura do Brasil, como Biblioteca Nacional, o Museu Nacional de Belas Artes e o Museu Histórico Nacional.

José Luiz Alquéres: vice-presidente do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) e da Casa Stefan Zweig; presidente do Conselho da Sociedade de Amigos do Museu Imperial; diretor Executivo da JL Alquéres Consultores Associados e conselheiro da Queiroz Galvão – Exploração e Produção. Atuou como diretor de Planejamento e Engenharia da Eletrobrás, Secretário Nacional de Energia, presidente da Eletrobras, diretor do BNDESPAR e presidente da Light.

José Pio Borges: presidente do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri). Presidiu o BNDES, em 1998 - 1999. Em 1990, ele assumira a vice-presidência do BNDES, na gestão de Eduardo Modiano, no governo Fernando Collor de Melo (1990-1992).

Luciano Huck: apresentador e empresário; diretor-presidente do Instituto Criar de TV, Cinema e Novas Mídias, ONG idealizada por ele que tem como missão promover o desenvolvimento profissional, social e pessoal de jovens por meio do audiovisual.

Luis Justo: CEO do Rock in Rio; ao longo dos últimos 10 anos foi convidado para palestrar em importantes eventos no Brasil e no exterior nos mais diversos temas de gestão, como liderança, inovação, empreendedorismo, branding e internacionalização.

Luiz Schymura: diretor do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (IBRE-FGV); professor da Fundação Getulio Vargas – RJ e ex-presidente da Anatel.

Pedro Wongtschowki: presidente do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), do Conselho de Administração da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e do Conselho Superior da Associação Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia das Empresas Inovadoras (Anpei);

Roberto Mangabeira Unger: Em 1971, tornou-se um dos mais jovens professores da Universidade Harvard. Paralelamente ao trabalho acadêmico, Mangabeira tem atuado na política brasileira desde a abertura política, na década de 1970. Em 2009, deixou a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) para retornar às suas atividades em Harvard. Em fevereiro de 2015, foi novamente convidado a chefiar a SAE no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.

Rosiska Darcy de Oliveira: jornalista, escritora e acadêmica brasileira. Entre 2007 e 2015, presidiu o movimento Rio Como Vamos, que promove participação e responsabilidade cidadãs. Foi vice-presidente de Cultura da Associação Comercial do Rio de Janeiro, de cujo Conselho Diretor é membro, e participa do Conselho Técnico da Confederação Nacional da Indústria, do Instituto Brasileiro de Defesa do Deficiente, do PEN Clube do Brasil e do Conselho Científico do Museu do Amanhã.

Economia do Conhecimento

Além do debate, a primeira reunião do grupo contou também com a exposição de Roberto Mangabeira Unger, professor da Universidade de Harvard, sobre a economia do conhecimento que, de acordo com ele, é decorrente exatamente da realidade concebida pelas novas relações empresariais, produtivas e mercadológicas, com foco no conhecimento.

“Vários países passaram a produzir em coexistência com a velha economia, por conta da tecnologia, que permite tempo livre para que o trabalhador gere também conhecimento. Porém, essa realidade pode ser excludente, tendo como resultado a exclusão de alguns trabalhadores e o agravamento da desigualdade”, resumiu.

Casa Firjan

Inaugurada há quatro meses, a Casa Firjan já atraiu cerca de 50 mil pessoas. “Os números representam o sucesso da unidade, um local comprometido com a reflexão e a criação de propostas e soluções inovadoras para os desafios da nova economia numa sociedade em constante transformação”, explicou Cristiane Alves, gerente geral da Casa Firjan e assessora do Conselho.

Com um portfólio diverso e abrangente, o espaço oferece palestras, fóruns empresariais, projetos de inovação, laboratório de tendências, atividades culturais e cursos alinhados às competências exigidas para os profissionais e líderes do futuro. Conheça todo o potencial da Casa Firjan.