Assunto recorrente durante a pandemia e nas discussões sobre retomada da economia, a sustentabilidade passou a ser vista com atenção extra por bancos, investidores e acionistas de empresas. No avanço dos debates sobre as mudanças climáticas em nível mundial, a sociedade se mostra engajada e cobra posicionamento de compromisso das organizações com a agenda dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O peso da sustentabilidade ambiental em projetos do mercado de Óleo e Gás e as ações relacionadas ao tema em processos de exploração e produção foram tema de mais um encontro da websérie Óleo, Gás e Naval da Firjan, com a participação de especialistas da federação e representantes da indústria.
Segundo os participantes do debate, moderado por Fernando Montera, especialista de Petróleo, Gás e Naval na Firjan, as empresas responsáveis ambientalmente e socialmente, que comprovam boa gestão e eficiência no uso de recursos naturais, serão as mais competitivas. Investir em soluções sustentáveis será fundamental para antecipar um cenário futuro e sobreviver no pós-pandemia.
“Cada player tem o seu papel na transição energética. Alguns clientes investem massivamente na descarbonização, outros nem tanto. O ideal é estar preparado para adequações a novos modelos. Emissão zero é um projeto ambicioso, mas as tecnologias com esse direcionamento já ganham espaço, naturalmente, seja pela redução de riscos e de gastos, seja pelo ganho de eficiência”, afirma Guilherme Pinto, gerente de Tecnologia na SBM Offshore.
Num mundo que caminha para a transição energética e a descarbonização da economia, não faltam vantagens para as empresas investirem em projetos e políticas sustentáveis, segundo painel apresentado no encontro. Aumento de credibilidade da marca, quando há transparência nas ações, e acesso a novos mercados, investidores e parcerias ajudam a ilustrar os impactos financeiros das soluções sustentáveis nos projetos de óleo e gás.
“As organizações sustentáveis ganharão cada vez mais competitividade. E o mercado de Óleo e Gás tem uma oportunidade enorme de incentivar a sustentabilidade na cadeia de valor. Nessa agenda, há ainda a questão da inovação, fundamental para que a trajetória seja seguida. Não há outro caminho para a transição energética”, afirma Andrea Lopes, especialista em Meio Ambiente na Firjan.
Luis Felipe Kessler, vice-presidente na Schneider Electric, também citou os investimentos em tecnologia e inovação como fundamentais para a descarbonização da economia. “Algumas empresas estão tomando atitudes claras em direção à sustentabilidade. Há muita tecnologia já disponível e outras que podem ser desenvolvidas em conjunto. Nosso objetivo é ajudar a desenvolver e redesenhar projetos, encontrar soluções e discutir formas de avançar em conjunto com o mercado”, detalha Kessler.
Assista abaixo ao encontro da websérie.
