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Casa Firjan: especialistas debatem crise na Venezuela

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Publicado em 11/03/2019 17:20  -  Atualizado em  11/03/2019 17:48

A saída para a crise política, social e humanitária que assola a Venezuela não é de fácil solução. E o caminho deve ser decidido de forma multilateral, sem que tropas estrangeiras interfiram, principalmente se não houver a anuência de órgãos como o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Essa é a opinião dos especialistas que debateram a crise no país latino-americano, em 11/03, na Casa Firjan. A mesa-redonda foi organizada pela federação em parceria com o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) e teve o jornalista e escritor Fernando Gabeira como mediador.

Para o embaixador Marcos Azambuja, conselheiro do Cebri, a Venezuela precisa fazer seu dever de casa internamente. “O Brasil não deve apoiar intervenções salvacionistas não autorizadas por órgãos internacionais. Precisamos ter serenidade, firmeza e diplomacia nesse momento”, ressaltou. Ele, porém, acredita que o ciclo de poder Chávez-Maduro está chegando ao fim.

Andrea Hoffmann, professora do Instituto de Relações Internacionais da PUC-Rio, argumentou que a História tem provas de que soluções pensadas multilateralmente perduram por mais tempo do que as decisões unilaterais. “Precisamos de um mediador neutro para essa crise. O grande desafio é que a maioria já tomou partido de um dos lados”, observou.

Petróleo

O petróleo tem papel-chave na economia venezuelana, que dispõe de uma das maiores reservas do mundo. O recurso é praticamente a única fonte de receita externa do país, respondendo, em 2018, por 96% das exportações. Esse mercado está, por outro lado, sucateado, de acordo com Jorge Camargo, ex-presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP). “De 50 mil poços, apenas metade está funcionando. As refinarias trabalham com apenas 20% ou 30% da sua capacidade de refino”, lembrou.

Para Camargo, a ideia de que o petróleo salvará o país em um novo governo não é tão simples assim. Isso porque, explica ele, o país precisa de cerca de R$ 20 bilhões de investimento para se recuperar e, sem segurança jurídica, política e econômica, isso não acontecerá tão rápido. “O que o Brasil pode fazer pela Venezuela, no futuro, é apresentar o caso da Petrobras e da ANP e mostrar que abrir o mercado é o caminho”, reforçou. Hoje, o mercado está sob o monopólio da petroleira estatal PDVSA.

Fronteiras

Gustavo Dutra de Menezes, comandante da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) e ex-comandante da 1ª Brigada de Infantaria de Selva, em Boa Vista (Roraima), concorda que o país não deva intervir militarmente. Ele também detalhou a atuação das Forças Armadas em relação aos refugiados venezuelanos que entram por Roraima.

“Trabalhamos em três frentes: ordenamento de fronteira, acolhimento em abrigos e interiorização. A terceira é a mais difícil, mas estamos fazendo um ótimo trabalho até o momento”, reforçou ele. Hoje, existem 7 mil venezuelanos nos abrigos.

O evento foi transmitido ao vivo pelo canal da Firjan no YouTube. Confira aqui a íntegra da mesa-redonda.

 
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