Redução expressiva da taxa de juros de linhas de crédito, flexibilização na documentação e condições diferenciadas para operações de renegociação. Estas são algumas das iniciativas que a Caixa Econômica Federal vem adotando desde a eclosão da crise do coronavírus no intuito de auxiliar o empresariado nesse momento difícil. Representantes da instituição financeira participaram de transmissão ao vivo, nesta segunda-feira (06/04), promovida pela Firjan, com o tema “Acesso ao crédito: linhas existentes e novas iniciativas”. Também participou o gerente de Infraestrutura da Firjan, Isaque Ouverney.

Luciano Medeiros de Castro, superintendente da Caixa, detalhou algumas das iniciativas já em vigor. Segundo Castro, o banco está disponibilizando R$ 111 bilhões em recursos. Desse montante, R$ 60 bilhões já estão direcionados para capital de giro. Além disso, as empresas podem fazer a suspensão do recolhimento do FGTS e o parcelamento sem multas ou encargos.

Outra medida fundamental é a redução significativa da taxa de juros de praticamente todas as linhas de crédito. Para capital de giro, o banco oferece taxas a partir de 0,57% a.m.; para máquinas e equipamentos, a partir de 0,85% a.m.; e para descontos de duplicatas, a partir de 1,2% a.m.

“Também estamos concedendo carência de até 90 dias para crédito comercial; carência de até seis meses para operação de renegociação e antecipação de recebíveis de cartões com taxas reduzidas”, acrescentou Castro.

Flexibilização no acesso às linhas e menos burocracia

O superintendente frisou ainda a flexibilização no acesso a essas novas operações durante o momento de crise, com a dispensa da obrigatoriedade de presença física e menos burocracia na apresentação de documentação.

Segundo Celso Leonardo Derziê de Jesus Barbosa, vice-presidente de Varejo da Caixa, o momento é de reforço da digitalização. “A Caixa tem se posicionado cada vez mais como um banco do empreendedor. Estamos trabalhando com afinco para mudar paradigmas internos e agilizar questões de documentação. A hora é de maior digitalização e menos burocracia”, afirmou.

A respeito do programa de financiamento da folha de pagamento, Barbosa sublinhou que este ainda não está inteiramente regulamentado, mas que a instituição está se dedicando para disponibilizar a linha o mais rápido possível. “É importante também salientar que o financiamento da folha, embora de suma importância, não é a única necessidade neste momento. Estamos estudando meios de ir além para ajudar as empresas”, ponderou.

Barbosa também falou sobre iniciativas futuras. “Temos disponibilizado pelo menos uma novidade por semana, com produtos e linhas de crédito voltados às micro e pequenas empresas. Faço aqui a provocação para que pensemos também em um fundo de cadeia produtiva. Contamos com a contribuição da Firjan e de todos os seus associados para que possamos desenhar esse produto”, ressaltou.

Os representantes da instituição financeira também comunicaram que estão estudando a questão da migração de não clientes para a Caixa. Neste sentido, o conselho é acessar o portal da Caixa e já realizar cadastro para que as empresas sejam analisadas pela Caixa.

“As ações apresentadas mostram que o banco está alinhado ao atual cenário de crise e os recursos estão chegando na velocidade com que as empresas necessitam. A Firjan seguirá como um canal sempre aberto para dialogar e divulgar os novos produtos”, ressaltou Isaque Ouverney, gerente de Infraestrutura da Firjan.

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