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De forma objetiva, acesse abaixo a análise dos principais resultados do IFDM para o país:

IFDM RJ - Itaperuna entre as dez cidades mais bem avaliadas no RJ

Atualizado em: 07/05/2025 16:32
Estado é o único da região Sudeste sem nenhuma cidade com alto nível de desenvolvimento socioeconômico

O Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) revela que a cidade de Itaperuna está entre as dez mais bem avaliadas no estado do Rio de Janeiro. O estudo mostra que o estado é o único da região Sudeste sem nenhuma cidade com alto desenvolvimento socioeconômico. De acordo com o IFDM, 63% dos municípios fluminenses, o correspondente a 11,7 milhões de pessoas, têm desenvolvimento moderado. Itaperuna é a única cidade do Noroeste Fluminense com desenvolvimento moderado. Em relação a 2013, a cidade ganhou duas posições, saindo da oitava para a sexta colocação estadual. Na sequência, Itaocara (0,6682) aparece na 26ª posição, seguida por Aperibé (0,6670), na 28ª.

Dentre os municípios apontados no Índice com baixo desenvolvimento está Varre-Sai (0,5276), em 83º. Embora na lanterna da região, o município superou o grau de desenvolvimento crítico nos indicadores Educação e Saúde, e passou a ocupar a 83° posição, frente à penúltima ocupada em 2013. Em todo o estado, cerca de 5,5 milhões de pessoas vivem nos 35,9% das cidades com baixo desenvolvimento.

O IFDM médio dos municípios da região Noroeste foi de 0,6174, 0,8% abaixo da média dos municípios do estado fluminense, sendo o 4º menor IFDM do estado do Rio. Sob a ótica das vertentes, o IFDM Educação (0,6940) ficou 15,2% acima da média dos municípios do Rio de Janeiro. Por outro lado, o IFDM Emprego & Renda (0,5821) e o IFDM Saúde (0,5762) ficaram abaixo da média: -12,0% e - 4,5%, respectivamente.

Elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) com base em dados oficiais referentes ao ano de 2023, esta edição do IFDM analisou 5.550 municípios brasileiros, que respondem por 99,96% da população.

“É inadmissível que ainda hoje, apesar da melhoria nos últimos anos, a gente tenha um Brasil tão desigual. Através do IFDM conseguimos chamar a atenção para a situação crítica de muitas cidades, que nem sequer tem quantidade razoável de médicos para atender a população, em que a diversidade econômica é tão baixa que sete em cada dez empregos formais são na administração pública. Nossos cálculos indicam que as cidades críticas têm, em média, mais de duas décadas de atraso em relação as mais desenvolvidas do país. É como se parte dos brasileiros ainda estivesse vivendo no século passado”, ressalta o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano.

Criado em 2008 e atualizado neste ano com nova metodologia, o estudo é composto pelos indicadores de Emprego & Renda, Saúde e Educação e varia de 0 a 1 ponto, sendo que quanto mais próximo de 1 maior o desenvolvimento socioeconômico. Através dessa pontuação, é possível avaliar o município de forma geral e específica em cada um dos indicadores. Tanto a avaliação geral quanto as análises dos indicadores são classificadas em quatro conceitos: entre 0 e 0,4 – desenvolvimento crítico / entre 0,4 e 0,6 – desenvolvimento baixo / entre 0,6 e 0,8 – desenvolvimento moderado / entre 0,8 e 1 – desenvolvimento alto. O estudo permite, ainda, avaliação absoluta por município e ano e comparações entre cidades e anos anteriores.

A análise mostra que, de 2013 a 2023, o IFDM médio dos municípios fluminenses cresceu 14,2%, passando de 0,5448 para 0,6224 – referente a desenvolvimento moderado. Esse avanço foi impulsionado principalmente por Educação, que registrou alta de 33,7%, seguido por Saúde (+13,2%) e, em menor escala, por Emprego & Renda (+1,6%). De acordo com a Firjan, esse movimento foi disseminado pelo estado, já que 87 das 92 cidades evoluíram frente a 2013.