Destaques

De forma objetiva, acesse abaixo a análise dos principais resultados do IFDM para o país:

IFDM 2018 - SC - FIRJAN: Florianópolis é capital com melhor desenvolvimento socioeconômico do país

Florianópolis é capital brasileira com melhor índice de desenvolvimento econômico. É o que aponta o Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM), divulgado pelo Sistema FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) com base em dados oficiais de 2016, últimos disponíveis. Em todo o estado de Santa Catarina, 99% dos municípios apresentaram desenvolvimento moderado (83,5%) ou alto (15,5%), índice superior ao panorama nacional ( 76,2% dos municípios) e menor apenas do que o registrado em São Paulo (99,4% dos municípios).

O índice monitora todas as cidades brasileiras e a avaliação varia de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1 maior o seu desenvolvimento. Cada uma delas é classificada em uma das quatro categorias do estudo: baixo desenvolvimento (de 0 a 0,4), desenvolvimento regular (0,4 a 0,6), desenvolvimento moderado (de 0,6 a 0,8) e alto desenvolvimento (0,8 a 1). São acompanhadas as áreas de Emprego e Renda, Saúde e Educação e avaliadas conquistas e desafios socioeconômicos de competência municipal: manutenção de ambiente de negócios propício à geração local de emprego e renda, Educação Infantil e Fundamental, e atenção básica em saúde. O IFDM avaliou 5.471 cidades. As novas, para as quais ainda não há dados, e aquelas com ausência, insuficiência ou inconsistência de informações, não foram analisadas.

O bom desempenho dos municípios catarinenses também é refletido por sua grande participação no topo do ranking nacional do IFDM: 54 cidades do estado estão entre os 500 maiores IFDMs do país, dos quais, 7 estão entre os 100 melhores.

No IFDM Saúde, por exemplo, 99% dos municípios do estado conseguiram alto desenvolvimento. Mais de 56% progrediram em Saúde, graças a melhor identificação das causas das mortes e redução das mortes de crianças menores de 5 anos por causas evitáveis.

Educação é outro quesito em que as cidades catarinenses se destacam. 78,2% possuem alto desenvolvimento. Os outros 64 municípios apresentam desenvolvimento moderado e nenhum município foi classificado com desenvolvimento regular ou baixo. Mais de 73% das cidades apresentaram melhora no indicador em relação a 2015. Essa alta se deu principalmente devido ao aumento da Taxa de Atendimento à Educação Infantil e do percentual de professores com Ensino Superior.

O quesito Emprego e Renda, em Santa Catarina, é mais favorável que o registrado no país. Embora o desenvolvimento regular predomine (53,6% dos municípios) e nenhum município catarinense tenha apresentado alto desenvolvimento, o percentual de cidades com desenvolvimento moderado (36,1%) neste indicador é superior à média nacional (15,0%) e, a parcela de cidades com baixo desenvolvimento (10,3%, 30) é quase um terço da brasileira (29,0%). Além disso, dos 291 municípios analisados, 187 (64,3%) apresentaram melhora no índice em relação a 2015, influenciados sobretudo pelo aumento da renda.

Concórdia foi a cidade melhor avaliada do estado e a oitava do país (0,8703), com alto desenvolvimento em Saúde e Educação e moderado em Emprego e Renda. O município de São Lourenço do Oeste se destacou ao apresentar o maior avanço (+5,5%), impulsionado principalmente pelo desempenho em Emprego e Renda. Cinco municípios, que ficaram entre os Top 10 do estado, apresentaram evolução nas três áreas analisadas (Rio do Sul, Balneário Camboriú, São Lourenço do Oeste, Tubarão e Blumenau).

Mercado de trabalho encolheu em
quase 60% das cidades brasileiras

A crise econômica, que teve início em 2014 e causou forte recessão no país, fez com que o nível socioeconômico das cidades brasileiras retrocedesse três anos.

Em relação à totalidade das cidades brasileiras, o estudo mostra que, na comparação com 2015, Educação e Saúde tiveram o menor avanço da última década. Nesta edição, o IFDM Brasil atingiu 0,6678 ponto – abaixo do nível observado em 2013. No resultado geral, que inclui a média das notas dos três indicadores (Emprego e Renda, Saúde e Educação) só 431 municípios (7,9%) tiveram alto desenvolvimento.

Em Emprego e Renda, o IFDM destaca que, entre 2015 e 2016, foram fechados quase 3 milhões de postos de trabalho formais no país. Em 2016, quase 60% das cidades fecharam postos de trabalho. Com isso, o indicador de Emprego e Renda do estudo registrou 0,4664 ponto, com pequena recuperação com relação a 2015 (0,4336). O movimento é explicado pelo aumento no rendimento real do trabalhador formal, em parte por conta da política de reajuste do salário mínimo.

Só cinco cidades alcançaram alto desenvolvimento nesse indicador: São Bento do Norte (RN), Capanema (PR), Telêmaco Borba (PR), Selvíria (MS) e Cristalina (GO). Foi o pior resultado da série histórica. O estudo destaca que a crise foi tão severa que mesmo que o IFDM Emprego e Renda cresça nos próximos anos com variação média de 1,5%, o país só alcançará o nível de 2013 em 2027. A recessão custou mais de uma década de desenvolvimento para o mercado de trabalho formal dos municípios.

O estudo revela que o país mantém enormes disparidades regionais: o Sul é a região mais desenvolvida, tendo 98,8% de cidades com desenvolvimento alto ou moderado. O Sudeste e o Centro-Oeste têm perfil semelhante. Já Norte e Nordeste têm, respectivamente, 60,2% e 50,1% dos municípios com desenvolvimento regular ou baixo. Florianópolis, com 0,8584, ocupa o primeiro lugar entre as capitais. No último lugar do ranking, com 0,3214, está Ipixuna, no Amazonas.

Desafios em Saúde e
Educação continuam grandes

Nesta edição o IFDM Saúde teve o menor avanço da última década (1,6%). Entre as variáveis que compõem esse indicador, a que mais precisa se desenvolver é a de percentual de gestantes com sete ou mais consultas pré-natal, o recomendado pelo Ministério da Saúde é que 100% das gestantes tenham atendimento adequado. Em 2016, um terço (32,2%) delas não tiveram a quantidade mínima de consultas. A perspectiva não é positiva: caso a cobertura evolua na taxa média dos últimos três anos a universalização só será atingida em 2029.

O IFDM Educação também progrediu lentamente: foi o menor avanço da última década (0,6%): os indicadores que compõem esse quesito continuam longe das metas definidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE). A meta de universalizar a educação infantil na pré-escola, por exemplo, que deveria ter sido atingida em 2016, só deve ser alcançada em 2035 caso a taxa de crescimento permaneça em 1,2%.
Para o Sistema FIRJAN, políticas macroeconômicas para o equilíbrio fiscal e gestão eficiente dos recursos públicos são essenciais para que as cidades se recuperem e atinjam nível de desenvolvimento que atenda às necessidades dos brasileiros.