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Entrevista: hora de a indústria de alimentos e bebidas inovar

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Publicado em 14/03/2018 18:55  -  Atualizado em  14/03/2018 18:56

O principal desafio à promoção da inovação na indústria de alimentos e bebidas é o empresário estar aberto às novas soluções propostas por jovens empreendedores e startups. Segundo José Alberto Aranha, presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), o setor enfrenta mudanças de hábitos e culturas e é preciso deixar o conservadorismo de lado.

De que maneira? A solução para a competitividade – acrescenta ele – não está numa área interna de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e sim na abertura a novas ideias externas. “É preciso sair da fábrica e se relacionar. As startups estão fazendo as grandes rupturas que vão mudar as empresas”, aconselha.

Para Katia Espírito Santo, vice-presidente do Fórum Setorial da Cadeia de Alimentos e Bebidas da Firjan, a união de diferentes expertises é fundamental para o setor enfrentar novos desafios e conquistar mercados. “Temos que conectar a visão tradicional de gestão à inovação. É um passo para nos tornamos mais competitivos”.

Confira a entrevista de José Alberto Aranha, da Anprotec:

O que há de mais desafiador neste momento para a indústria de alimentos e bebidas?

Há um problema enorme de distância entre gerações. As empresas do setor precisam se conectar a jovens empreendedores, que procuram oportunidades para executar suas ideias, considerando as questões reais de uma indústria de alimentos e bebidas. Dessa interação podem surgir novas soluções promissoras, que impulsionarão os negócios.

Por esse prisma, seria um momento de oportunidade também?

Hoje o problema é criar uma rede de relacionamentos, não manter uma área interna de pesquisa e desenvolvimento. Muitos empresários dizem não ter tempo para isso. Mas, como muitas empresas do setor são familiares, vejo uma oportunidade para inclusive se estruturar um plano de sucessão.

O primeiro passo é identificar um filho ou uma sobrinha, por exemplo, que tenha interesse no negócio e possa colaborar como um novo olhar. Os jovens estão ansiosos para encontrar oportunidade de tirar suas ideias do papel.

Qual o papel das startups no atual contexto? Elas já estão sendo procuradas pelas empresas?

Sim, mas pelas grandes. No entanto estamos precisando delas nas médias e pequenas indústrias, que também têm desafios. É muito difícil que uma pessoa conservadora consiga, sozinha, implantar processos de inovação. O melhor caminho é procurar alguém mais jovem para tocar essa área, trazer ideias, oxigenar as propostas.

Estamos falando de gerações diferentes, o que significa culturas distintas. Nem sempre é fácil que uma empresa de alimentos e bebidas, gerenciada por uma geração mais conservadora, consiga investir em ‘tentativa e erro’, e insistir em ficar tentando coisas novas. As startups estão fazendo as grandes rupturas que vão mudar as empresas.
 

José Alberto Aranha participou do Fórum Setorial da Cadeia de Alimentos e Bebidas da Firjan, em 13 de março.

 
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